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A Polícia Federal do Paraná aderiu, praticamente de forma integral, à paralisação de 24 horas da categoria em todo o Brasil. A reivindicação da PF é ao não-cumprimento de um acordo salarial firmado com o governo federal em 2006. A categoria afirma que o pagamento da segunda parcela do reajuste salarial não foi feito.

No Paraná, somente os seviços emergenciais, entre eles o de custódia de presos e plantão não paralisaram. Na aduana, na fronteira com o Paraguai, e nos aeroportos o efetivo foi reduzido. A emissão de passaportes e todo o processo de investigação foi interrompido.

Segundo estimativas do presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, Sílvio Renato Jardim, 95% da categoria no Paraná aderiu à paralisação de 24 horas. "Além dos serviços emergenciais, somente alguns policiais envolvidos na Operação Cobra d'Água, em Guaíra, no Oeste do Paraná, estão trabalhando", disse. Ao todo, a Polícia Federal possui 700 policiais no estado.

Segundo Jardim, o comando da PF deve se reunir às 16h desta quinta-feira com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para definir a situação. Caso o governo não acene com a possibilidade de pagamento da segunda parcela do reajuste, a categoria deve deflagrar greve a partir da próxima semana. "Independente da reunião de amanhã (quinta-feira) no ministério do Planejamento, temos assembléias marcadas nos dias 24 e 25. Se não houver acordo com o governo federal, a categoria pode iniciar uma greve", ameaça. Se a PF optar pela paralisação por tempo indeterminado, apenas os serviços emergenciais continuariam operando - e mesmo assim com efetivo reduzido.

Jardim acredita ainda que a manifestação da PF não deve prejudicar o atendimento no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. "O número de vôos internacionais (que necessitaria do trabalho da PF) é muito pequeno. Não vai afetar os passageiros", acredita o presidente do sindicato.

Se no Afonso Pena a greve da PF não deve interferir nos vôos, em São Paulo a paralisação da categoria provocou transtornos nesta quarta-feira no aeorporto de Guarulhos, responsável pela maioria dos vôos internacionais que parte da capital paulista.

No Brasil

Delegados, agentes, peritos, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal realizam uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, na maior mobilização da história da categoria. Aproximadamente 12 mil policiais federais de todo o Brasil aderiram ao movimento, de acordo com o sindicato.

Transtorno no aeroporto de São Paulo

Na tarde desta quarta, a greve da PF foi a responsável pela formação de uma fila de cerca de 200 pessoas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Na área de embarque internacional, os passageiros chegaram a esperar cerca de uma hora para embarcar por causa da operação padrão adotada pelos agentes federais. No aeroporto de Congonhas, a situação era tranqüila na tarde desta quarta.

Greve da PF deve atrasar conclusão da Operação Hurricane

Além do transtorno nos aeroportos, a paralisação da PF deve atrasar a conclusão da Operação Hurricane (Operação Furacão) deflagrada na segunda-feira e que prendeu desembargadores, advogados, juiz e pessoas ligadas ao jogo do bicho.

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