Brasília (Folhapress) A Polícia Federal está certa da participação do jornalista Marcelo Netto na violação e vazamento do sigilo bancário de Francenildo Costa. Netto, que foi assessor de comunicação do ex-ministro Antônio Palocci, foi indiciado ontem por quebra de sigilo bancário.
A PF informou que essa convicção foi formada porque Netto estava presente no local e hora em que os fatos aconteceram. Ele estava na casa de Palocci na noite do dia 16 de março, quando o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso entregou o extrato de Francenildo para o ex-ministro. No dia seguinte, os dados da movimentação financeira de Francenildo foram publicados pelo blog da revista Época onde trabalha o filho de Netto.
A PF informou que Netto confirmou estar na casa de Palocci na noite do dia 16 de março, mas negou ter participado da violação ou vazamento do sigilo bancário de Francenildo.
Segunda chance
Segundo a PF, Netto não foi indiciado quando depôs pela primeira vez no dia 5 de abril porque se apresentou em 24 horas e alegou não ter conhecimento do inquérito. O delegado Rodrigo Carneiro deu ao jornalista a chance de se explicar uma segunda vez.
Diferentemente de Palocci e do ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso, Netto não foi indiciado pela PF por violação de sigilo funcional. Segundo a PF, por ser assessor de imprensa, Netto não tinha as mesmas obrigações de Palocci e Mattoso.
O advogado de Netto, Eduardo Toledo, disse que o jornalista nega qualquer participação na quebra e divulgação dos dados bancários de Francenildo.
"Ele nega qualquer repasse por parte do ministro Palocci de qualquer extrato, qualquer informação."
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