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Vinte e uma pessoas foram presas durante a "Operação Ouro Negro", deflagrada no início da manhã desta segunda-feira pela Polícia Federal (PF) no Paraná e em Mato Grosso do Sul. A ação acontece simultaneamente em 11 municípios da região Oeste do Paraná e em duas cidades do Mato Grosso do Sul. Oito pessoas, sendo sete no Paraná, ainda estão sendo procuradas pelos agentes da PF. Ainda pela manhã, a PF informou a prisão de 22 pessoas, mas após a contagem das equipes da PF, o total contabilizado foi de 21 pessoas detidas.

Os presos são acusados de fazer parte de uma organização criminosa que atuava principalmente com contrabando na região do Lago de Itaipu. Segundo a assessoria da PF, entre os presos, estão dois policiais militares - sendo um deles já exonerado - e um civil. Um outro policial civil ainda está foragido. Segundo a PF, os policiais facilitavam a atuação da quadrilha.

Foram expedidos 29 mandados de prisão, sendo 28 no Paraná, e 43 de busca e apreensão - 41 no estado paranaense e dois no Mato Grosso do Sul. Participam da operação 157 policias federais e civis.

Segundo a PF, ainda não foram cumpridos oito mandados de prisão. Os de busca e apreensão, ainda de acordo com a PF, foram todos cumpridos. Entre o material recolhido, estão barcos, carros de luxo, motos, armas, documentos, mercadorias contrabandeadas e dinheiro.

Investigação

Segundo a PF, no início das investigações, há dois anos, acreditava-se que a quadrilha era especializada no contrabando de pneus, por isso o nome Ouro Negro para a operação. Posteriormente, detectou-se que os acusados variavam o produto contrabandeado de acordo com o mercado e facilidade de escoamento.

A quadrilha comprava grande quantidade de mercadorias no Paraguai, para distribuição no Brasil. O fornecedor paraguaio ficava responsável pela colocação do produto em local pré-determinado na margem paraguaia do Lago de Itaipu, por onde a maioria das mercadorias atravessava.

Os produtos eram recepcionados por brasileiros que residem no Paraguai e possuem fazendas às margens do Lago. Em seguida, eram estocados em depósitos, até a passagem pelo Lago feita com barcos e balsas. Durante a travessia as pessoas atuavam como barqueiros, carregadores e na função de "batedores" (olheiro ou quem escolta a carga), não existindo funções pré-definidas.

Desde outubro de 2005, a operação resultou na apreensão de cerca de R$ 2,3 milhões em mercadorias e em várias prisões. Os acusados responderão pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva. As penas somadas podem chegar a oito anos de prisão. Os detidos devem permanecer na custódia da PF em Foz do Iguaçu.

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