• Carregando...

Atualizado em 29/06 às 19h25

A Polícia Federal de Curitiba desarticulou na manhã desta quinta-feira um esquema, supostamente comandando pelo grupo Sundown, de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, entre outros crimes, com dívidas fiscais de aproximadamente R$ 150 milhões. De acordo com as primeiras informações, repassadas pela assessoria da PF, durante a Operação Pôr-do-Sol foram presas 10 pessoas envolvidas em diversos crimes. O valor das dívidas fiscais do grupo foi informado pela Receita Federal, e não foi confirmado pela PF, que vai aguardar a perícia para divulgar o montante. Os nomes dos presos não são divulgados pois as investigações correm em segredo de Justiça. O advogado dos acusados, Antonio Acir Breda ainda não foi localizado pela reportagem.

Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão, oito em Curitiba, um em São Paulo e o outro em Porto Velho, em Rondônia. Segundo a Polícia Federal, estão presos em Curitiba dois auditores fiscais da Receita Federal, três empresários, um advogado, um doleiro, um contador, um doleiro e um consultor financeiro ligado a grande instituição bancária americana que opera no Brasil através de um escritório de representação. Segundo a sua assessoria, também foi presa uma pessoa por porte ilegal de arma. Foram apreendidos ainda HD’s, farta documentação, obras de arte, valores em moeda nacional e estrangeira.

Os três empresários presos seriam acionistas do grupo Sundown e seriam pai, filha e filho. O nome da operação, Pôr-do-sol foi dado em referência à marca. As acusações são de que o grupo responde a quatro ações penais na 2.ª Vara e teria diversas empresas que serviam para lavar dinheiro.

Crimes

Os presos responderão, cada um de acordo com o envolvimento no esquema, pelos crimes de formação de quadrilha, crime contra a ordem tributária, contra o sistema financeiro, descaminho, corrupção, lavagem de dinheiro. De acordo com o delegado Wágner Mesquita de Oliveira, chefe da operação, durante as investigações novos crimes poderão ser descobertos. A pena, somando-se todos os crimes, pode chegar a 27 anos de detenção para cada envolvido.

A investigação começou há três anos e partiu do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que, desconfiando da movimentação financeira do grupo, informou à PF, que ao lado do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal conduziram a investigação.

Participaram desta operação 100 policiais federais, de Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina, além de 50 servidores da Receita Federal.

Empresa se defende

Durante a tarde desta quinta-feira, a assessoria de imprensa do grupo Brasil & Movimento, empresa detentora da marca Sundown, publicou uma nota oficial no site do Clube Atlético Paranaense – time de futebol paranaense parceiro comercial da empresa. A empresa, com sede em São Paulo, afirma que "não tem nenhum vínculo com a operação "Pôr do Sol", coordenada pela Polícia Federal e a Receita Federal, no Paraná".

Por telefone a assessora de imprensa afirmou que a Brasil e Movimento é dona da marca "Sundown" – adquirida em 2000 - sem qualquer relação com os antigos donos da empresa homônima. No final dos anos 90, segundo a assessora, o grupo tinha uma fábrica no Paraná que por motivos particulares "fechou as portas". A empresa não acredita que as prisões terão efeitos negativos nos negócios.

Veja na reportagem em vídeo como foi a operação

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]