Rio A Polícia Federal prendeu até o fim da tarde de ontem 23 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que desviava dinheiro do pedágio de carros cobrado para acessar o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. O grupo, formado por bilheteiros, vigilantes, policiais militares e agentes de turismo, causou, segundo a PF, um prejuízo de R$ 300 mil a R$ 500 mil por mês ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), responsável pelo Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Corcovado. De cada 15 carros, apenas o pedágio de um era destinado aos cofres públicos.
Para a operação, a Justiça Federal expediu 22 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão. Os presos vão responder por estelionato, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, segundo o delegado Alexandre Saraiva.
Devido à fraude, o Ibama decidiu vetar o acesso de carros particulares ao Cristo Redentor. Até domingo, todos os veículos de passeio estão proibidos de circular dentro do parque. O acesso vai ocorrer apenas a pé ou por trem. A partir da próxima semana, um esquema alternativo de vans será montado e o custo será incluído no pedágio.
Segundo o superintendente do Ibama no Rio, Rogério Rocco, o preço do ingresso deve subir com a mudança. Atualmente, as pessoas que querem visitar o monumento pagam R$ 5 pelo carro, além de R$ 5 por ocupante do veículo.
"O que está sendo feito é para aumentar o conforto e a segurança das pessoas. Queremos que o Corcovado seja escolhido uma das sete maravilhas do mundo", afirmou a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva.



