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A frase “lugar de negro não é no Mackenzie, é no presídio” circulou nas redes sociais nesta quarta-feira (7) e causou indignação entre os estudantes | Reprodução/Facebook
A frase “lugar de negro não é no Mackenzie, é no presídio” circulou nas redes sociais nesta quarta-feira (7) e causou indignação entre os estudantes| Foto: Reprodução/Facebook

A Universidade Presbiteriana Mackenzie instaurou procedimento interno para apurar a autoria de uma frase racista escrita na parede de um banheiro da Faculdade de Direito da instituição, no bairro de Higienópolis, região central de São Paulo. A frase “lugar de negro não é no Mackenzie, é no presídio” circulou nas redes sociais nesta quarta-feira (7) e causou indignação entre os estudantes, que compartilharam a foto.

A instituição informou que não prestou queixa à polícia e que apura o caso internamente desde que foi comunicada. O autor da frase não havia sido identificado até a noite desta quarta. A Mackenzie disse ainda que “repudia todo e qualquer ato, ação ou manifestação de cunho racista”.

“Nossa história de ampliação de liberdades e construções de oportunidades nos impõe a reafirmação permanente do nosso compromisso com a defesa dos direitos e garantias individuais e coletivos, com o bem-estar do nosso povo e o repúdio a atos discriminatórios de quaisquer naturezas”, declarou o diretor da unidade, José Francisco Siqueira Neto.

De acordo com a estudante do 9º semestre de Direito Tamires Gomes Sampaio, de 21 anos, o ato não foi isolado. “Em agosto, picharam um banheiro de uma praça de alimentação próxima da faculdade. Somos historicamente excluídos e segregados da universidade. Agora que começamos a ultrapassar algumas barreiras, percebemos que alguns não toleram isso”, disse ela. A instituição negou que tenha havido outros episódios.

Membro do coletivo Afromack, de estudantes negros do Mackenzie, Tamires afirmou que o ato foi “violento” e disse que o coletivo organizará uma ação para cobrar um posicionamento da instituição.

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