São Paulo Um avião Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu e outros três fizeram pousos de emergência ontem próximo de Boa Vista (RR). Um dos pilotos morreu. A aeronave que caiu se chocou contra uma torre de telefonia, no bairro Paraviana, durante um temporal, segundo o Corpo de Bombeiros.
Após o choque, os dois pilotos ejetaram os assentos. Um deles, o segundo-tenente-aviador Fernando Wilmers de Medeiros, não conseguiu abrir o pára-quedas e morreu ao cair em uma rua. O outro piloto sobreviveu.
Outros três aviões, do mesmo modelo e que faziam parte do mesmo esquadrão, conseguiram realizar pousos de emergência nas proximidades da cidade um deles em uma pista particular e os outros dois na BR-174. A FAB e o Corpo de Bombeiros não confirmaram se houve choque entre eles. Outros quatro caças do esquadrão conseguiram pousar na Base Aérea de Boa Vista.
As oito aeronaves que participavam de uma manobra pertencem ao 1º Esquadrão do 3.º Grupo de Aviação, com sede em Boa Vista. De acordo com a FAB, elas haviam decolado de Manaus (AM) e tinham a capital roraimense como destino final.
O 7.º Comando Aéreo Regional, com sede em Manaus, informou que, no último contato feito com a torre de comando, os pilotos do avião que caiu disseram que estavam sem visibilidade por causa do mau tempo e que iriam tentar um pouso em alguma região desabitada. Segundo a FAB, o Comando da Aeronáutica iniciou uma investigação para apurar os fatores que contribuíram para o acidente.
Os aviões do modelo A-29 Super Tucano são utilizados na interceptação de aeronaves suspeitas na fronteira da Amazônia brasileira. Os caças começaram a operar nas manobras em 2005 e são fabricados pela Embraer.
Os pilotos são treinados no 2.º Esquadrão do 5.º Grupo de Aviação, sediado na Base Aérea de Natal (RN).
No domingo passado, o piloto e membro honorário da FAB César Albuquerque Almeida morreu durante uma exibição de acrobacias aéreas. O avião que ele pilotava caiu em Nova Odessa (126 km de São Paulo), na divisa com Americana.
