Ponta Grossa Um cão da raça Pit Bull Terrier foi abatido por policiais no centro de Ponta Grossa, na manhã de ontem, depois de atacar outro cachorro na rua e assustar quem passava pelo local. O aposentado Amir Maia disse que passeava com seu cão Tommy, um cocker, quando foi surpreendido pelo Pit Bull, que estava solto na rua, sem coleira e sem focinheira. "Ele chegou e já grudou nele, não consegui separar, tentei chutar, puxar, mas ele não largava", conta.
Um segurança que passava em ronda pelo local tentou ajudar o aposentado, mas foi surpreendido pela força do animal. "Tentei conter o cachorro usando a tonfa (espécie de cassetete de plástico rígido), mas ele avançou e começou a morder a tonfa, quase destruiu. Estava totalmente fora de controle", conta o segurança Lúcio Mauro Tebecherani, que também é criador de cães da raça há dez anos e diz nunca ter sofrido nenhum tipo de acidente com seus animais.
O cachorro só foi contido com a chegada de policiais rodoviários e policiais da Inteligência que, por acaso, passavam pelo local e foram avisados pelos transeuntes. "Os policiais atiraram uma vez na barriga e ele não sucumbiu, perdeu um pouco o rumo e voltou para atacar alguém, aí dispararam três vezes contra a cabeça e só assim ele morreu", conta Tebecherani.
Após o cão ter sido morto o segurança relata que notou várias cicatrizes pelo corpo do animal. "Pela minha experiência como criador, era cão de rinha e estava abandonado", critica.
O responsável pelo cão agressor ainda não foi encontrado. Em Ponta Grossa, uma lei municipal exige que cães de grande porte e bravios só transitem em via pública usando focinheira, coleira e guia, mas a microchipagem implantação de um dispositivo eletrônico de identificação debaixo da pele do animal ainda não é exigida.
De acordo com Andresa Jacobs, voluntária do Grupo Fauna, entidade local de proteção aos animais, a implantação do Registro Geral de Animais (RGA) possibilitaria a identificação e punição dos responsáveis pelos animais. "As pessoas querem ter um pit bull por modismo e quando o animal causa transtornos, abandona na rua. Isso vale também para qualquer animal em situação de abandono, não só àqueles que oferecem risco", afirma.



