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Plano do governo estadual pretende minimizar impactos de possíveis desastres naturais como o que afetou a localidade de Floresta, em Morretes, em março de 2011 | Walter Alves/Gazeta do Povo
Plano do governo estadual pretende minimizar impactos de possíveis desastres naturais como o que afetou a localidade de Floresta, em Morretes, em março de 2011| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

Mais de um ano depois de o Litoral do Paraná ter sofrido com deslizamentos e alagamentos, o governo estadual entregou um plano de ação para desastres naturais na região. A Defesa Civil divulgou nesta quinta (12) o documento que tinha começado a ser feito em junho de 2011. A ferramenta é voltada aos órgãos públicos estaduais, com previsão de como responder aos alagamentos e deslizamentos nas cidades litorâneas do estado.

Os protocolos determinados pelo estado foram formulados com base nas experiências em desastres anteriores. No mais representativo, em março de 2011, mais de 20 mil pessoas foram afetadas por chuvas em Antonina, Morretes e Paranaguá. Rodovias foram interditadas, duas pessoas morreram soterradas e uma afogada pela enchente.

De acordo com o chefe do setor operacional da Defesa Civil, Romero Nunes da Silva Filho, no caso de acontecer uma situação parecida no litoral, as perdas podem ser minimizadas pela resposta rápida possibilitada pelo manual. "O plano buscou protocolar e deixar procedimentos escritos de como organizações trabalharão em conjunto. Hoje, se tiver um desastre daquelas proporções [do litoral no ano passado], o tempo de resposta vai ser bem menor, com a possibilidade de levantar mais recursos com menor tempo", prevê.

Outro recurso disponível no plano é o cadastro de abrigos prontos para receber desalojados e desabrigados. Nas chuvas do litoral, no ano passado, mais de 8 mil pessoas precisaram deixar suas casas e procurar abrigo. "Há pessoas treinadas nesses pontos cadastrados para atender rapidamente essas vítimas", descreve Nunes.

Em março deste ano, o governo do Paraná apresentou um mapa geológico da serra do mar. Neste documento estão os pontos mais críticos e que devem ser verificados primeiro em caso de deslizamentos e enchentes. Apesar de ter sido lançado oficialmente, o mapa ainda está em fase de conclusão. Resultados preliminares apontam para 116 pontos vulneráveis – Paranaguá é a líder, com 43 áreas de risco; Guaratuba vem em seguida, com 25; e Guaraqueçaba completa a lista, com 17.

Como agir em situação de risco

Para as pessoas que moram na serra ou perto de rios, as orientações da Defesa Civil são para que haja um acompanhamento constante da previsão do tempo. No caso de chover muito, e/ou sem parar por um longo período, é preciso verificar constantemente o nível do rio ou se o morro não dá sinais de que pode desmoronar. Brotar água da serra ou muros e árvores se movimentando são aspectos que devem fazer as pessoas procurarem um local seguro imediatamente.

No caso de estar em um local de risco, outra dica importante é deixar preparada uma mochila com documentos, roupas e alimentos dentro de sacos plásticos, caso precise sair às pressas. Além disso, quando há risco, nunca se pode deixar animais de estimação amarrados, porque no caso de enchente ou desmoronamento não haverá chance de sobrevivência para os bichos.

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