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Um policial militar aposentado, de 58 anos, foi preso nesta sexta-feira (12) acusado de oferecer dinheiro a três crianças em troca de beijos e carícias. As menores não aceitaram a oferta e contaram para as mães, que por sua vez fizeram denúncia no 11º Distrito Policial (CIC), em Curitiba. O suspeito confirma ter dado algumas moedas para as crianças, porém nega o assédio sexual.

As mães das crianças, uma de 11 anos e duas de 12, fizeram denúncia no dia 2 de dezembro. Elas contaram que, segundo as filhas, o ex-policial militar havia oferecido R$ 25 por um beijo e apalpações. Teria ainda proposto R$ 50 para que elas o acompanhassem até o apartamento. O acusado morava no mesmo conjunto habitacional das famílias das crianças. Segundo a Polícia Civil, a última oferta foi feita quando o aposentado lavava seu carro e viu as crianças voltando do colégio.

"Causou especial preocupação o fato do suspeito ter perguntado onde as crianças estudavam e oferecido carona", afirma o delegado Gerson Alves Machado. O policial pediu a prisão preventiva do acusado na quinta-feira (11) baseado no artigo 218 do Código Penal, corrupção de menores. Nesta sexta, a Vara de Inquéritos julgou o pedido procedente. Se for condenado, pode ficar preso por até quatro anos.

Sargento

O acusado confirma ter dado "umas moedinhas" para as crianças. Segundo ele, elas teriam pedido o dinheiro para comprar um espetinho. "Dei uns trocos que estavam no porta-luvas, mas não passava de R$ 4", afirma o suspeito. O acusado é 3º Sargento da Polícia Militar aposentado. Diz ter servido o Corpo de Bombeiros por 30 anos e nunca ter sofrido inquérito disciplinar.

O ex-PM foi levado pelo Comando do Policiamento da Capital (CPC) da PM para ficar detido em algum imóvel da corporação. Segundo o delegado Machado, isso foi feito para preservar a integridade física do acusado de corromper menores, crime pouco tolerado entre os presos. O 11º DP tem mais de cem pessoas na carceragem que tem capacidade para menos de 40.

O delegado Machado pretende ainda encaminhar uma cópia do inquérito para o comando da PM para que a corporação analise se cabe alguma sanção administrativa. Se a denúncia formal for aceita, o acusado deve responder pelo crime na Justiça comum.

A PM não comentou o caso.

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