• Carregando...

Um policial militar é apontado como o principal suspeito pelo assassinato de um homem de 28 anos, durante um jogo de futebol na tarde deste domingo (17) no município de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba (RMC).

Segundo os relatos, tudo ocorreu após a vítima ser expulsa da partida. O rapaz, que teria dito que estava armado, se aproximou da grade do campo para passar instruções ao seu time. Logo depois, o policial militar teria dado voz de abordagem e disparado pelo menos duas vezes contra o adversário, que não resistiu e morreu no local.

A versão que consta no Boletim de Ocorrência registrado pelo autor do crime relata, contudo, que o rapaz teria ficado agressivo após a expulsão e que, como ele portava uma arma, estaria ameaçando os jogadores do time rival. Foi quando o policial, que estava de folga, acompanhado de mulher e da filha, deu voz de abordagem à vítima, que teria sacado um revólver calibre 38, negando-se a soltar a arma. Por isso, o policial teria disparado contra ele.

Quando o PM era levado no carro da polícia para a delegacia, populares gritaram “Covarde, matou um pai de família!”.

A Polícia Civil de Campina Grande do Sul disse que o policial suspeito ainda não está preso, pois se apresentou à delegacia de forma espontânea e se comprometeu a ajudar nas investigações. Em depoimento, o PM disse ter agido em legítima defesa.

A vítima era casada e tinha um filho.

Arma recolhida

A arma do policial foi recolhida e entregue ao comando do batalhão onde ele atua, mas segundo o delegado Messias Antônio da Rosa, o revólver deverá ser encaminhada ao Instituto de Criminalística para passar por perícia. Na delegacia, o policial apresentou um revólver calibre 38 que disse ser da vítima, e a polícia trabalha agora para confirmar a informação.

“O que vamos confirmar agora é se esse revólver era mesmo da vítima e, caso não seja, de quem seria. Vamos atrás também de recolher o máximo de material que conseguirmos, pois muita gente filmou o que aconteceu no loca,l e essas imagens podem nos ajudar”, explicou o delegado.

Até o momento, o que a Polícia Civil tem de informação é o que foi declarado pelo PM na delegacia. “Por isso, temos apenas a palavra dele. Vamos ouvir familiares, testemunhas e quem for preciso para concluirmos a investigação da forma mais correta possível”.

Posicionamento PM

A assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM) divulgou uma nota no final da manhã desta segunda-feira (18) em que afirma que um Inquérito Policial Militar foi aberto para também apurar o crime.

Além disso, a PM explicou também que, como o policial militar estava em horário de folga, as investigações serão conduzidas pela Polícia Civil.

O policial, que tem cinco anos de corporação, foi afastado das funções operacionais até o término do procedimento administrativo. Segundo a PM, caso seja comprovada alguma responsabilidade, os instrumentos adequados de saneamento vão ser adotados, na forma legal, sendo respeitados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, assim como acontece para qualquer militar estadual.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]