Atualizado em 19 de junho às 20h11
As duas casas de bingo de Curitiba que tinham a possibilidade de serem reabertas nesta segunda-feira, com respaldo de uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª região, foram vigiadas por policiais militares durante todo o dia. A determinação de uso da força caso o Village Batel, na Avenida Batel, e o Bristol, na Rua Mateus Leme, voltassem a funcionar partiu da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Até a noite desta segunda-feira, porém, não houve tentativa de reabertura das casas.
O estado teve acesso ao teor da decisão e considera a autorização do TRF2 inválida. Isso porque esta liminar de 17 de maio que autoriza a reabertura é provisória. Uma decisão anterior da juíza da primeira instância, Maria Cláudia de Garcia Paula Alleman, da 7.ª Vara Federal do Espírito Santo, já havia julgado improcedente, em 17 de abril, a ação proposta pelas empresas de bingos. Por esse motivo é que os proprietários decidiram recorrer ao TRF2.
"A decisão perdeu o objeto logo depois que o juiz sentenciou, julgando improcedente a ação", afirmou o procurador-geral Sérgio Botto de Lacerda para a reportagem da Gazeta do Povo na tarde desta segunda-feira. Segundo Lacerda, a PM vai continuar em alerta para qualquer movimentação nos próximos dias.
O proprietário do Bristol, Celso Lanzoni afirmou que decidiu não reabrir seu estabelecimento nesta semana, afirmando que precisará de pelo menos 15 dias para pôr em ordem algumas questões, como a contratação de funcionários por exemplo. Na avaliação de Lanzoni, "a PGE está mal informada e não tomou conhecimento do teor da decisão". O dono do Village Batel, Alceu Cordeiro Júnior, não foi localizado.
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