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PM prende quadrilha que explodia caixas

Operação foi realizada em Ponta Grossa. Grupo não seria o mesmo que age na Grande Curitiba

Apreensões incluem armamento, dinamite, espoleta, gorros, um rádio e artefatos para furar pneus | Divulgação/Polícia Civil
Apreensões incluem armamento, dinamite, espoleta, gorros, um rádio e artefatos para furar pneus (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Quatro pessoas, entre elas três irmãs, foram presas entre terça-feira e ontem de madrugada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, acusadas de explodir caixas eletrônicos de bancos. Ontem de madrugada, a Polícia Militar (PM) registrou em Co­­lombo, na Re­­gião Metropolitana de Curitiba, a 28.ª explosão só neste ano. O titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Guilherme Rangel, antecipou que há indícios de que a quadrilha presa não é a mesma que age na Grande Curitiba.Contudo, conforme o delegado da 13.ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, Leonardo Car­­neiro, há indícios de ramificações da quadrilha em São Paulo e em Santa Catarina. Ontem mesmo a Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem acusado de fornecer material explosivo para grupos especializados no arrombamento de caixas eletrônicos.

O delegado do Departamento Estadual de Investigações Cri­mi­nais (Deic) de São Paulo Márcio Martins Mathias confirmou que o explosivo apreendido é de uma empresa do Paraná. O homem foi preso com 60 bisnagas de gel explosivo e 86 cartuchos calibre 7.62. "Já ligamos para a empresa, mas ela nos reportou que não houve ne­­nhum roubo de explosivos. Es­­tou mantendo contato com a polícia do Paraná para apurarmos a participação de alguém do estado", diz.

Leonardo Lima Torres Pe­­rei­ra, 31, e as irmãs Jiselda Tereza Lopes da Luz, 33 anos, Janice Lopes da Luz, 28, e Andrieli Lopes da Luz Ferreira, idade não fornecida, estão presos na cadeia pública de Ponta Grossa e foram indiciados por formação de quadrilha e uso de armas restritas.

As apreensões

Com os indiciados, a polícia encontrou oito armas, incluindo uma submetralhadora .45, três pistolas 9 mm, duas pistolas 380, uma pistola .40 e um revólver calibre 38. Também foram apreendidas 200 munições de calibres diversos, dois coletes à prova de balas, luvas e cinco balaclavas (gorro que encobre o rosto).

Entre os materiais explosivos encontrados com os suspeitos estão 17 bananas de dinamite, um cordel detonante, sete espoletas e um "miguelito" (cruz formada por pregos para furar pneu de veículos). Um rádio, possivelmente usado para ouvir a frequência da PM, e dois carros, sendo um deles um Renault Sandero furtado em Curitiba no ano passado, também foram recolhidos pela polícia. As prisões e apreensões ocorreram na vila Shangrilá, em Ponta Grossa.

Segundo o delegado Carneiro, mais dois homens estão foragidos, entre eles o que seria o líder do grupo. As prisões e apreensões foram possíveis durante as investigações do roubo de um caixa eletrônico ocorrido na madrugada de terça-feira.

Para o delegado Rangel, embora não existam provas de que a quadrilha é a mesma que praticou roubos em Curitiba e região, a prisão registrada em Ponta Grossa vai acrescentar informações ao inquérito da capital paranaense. "Não dá para descartar a participação, mas é bem provável que não seja a mesma quadrilha. Com certeza, havia um intercâmbio de informações e, por isso, a prisão foi positiva", acrescenta. O secretário estadual de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, foi ontem ao comando da PM em Ponta Grossa para parabenizar os policiais envolvidos no flagrante.

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