Brasília O PMDB da Câmara venceu a batalha por cargos federais, travada com a bancada peemedebista do Senado e com partidos da base aliada, inclusive o PT. A conversa que o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), teve ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva produziu dois resultados imediatos. Dá-se como certo que o ex-senador Maguito Vilela (PMDB-GO) comandará a vice-presidência de Agronegócios do Banco do Brasil e que o novo presidente de Furnas Centrais Elétricas será o ex-prefeito do Rio de Janeiro Luiz Paulo Conde (PMDB), a despeito do veto inicial da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e da má vontade do ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau.
Não foi só isto que fez com que Temer deixasse o gabinete presidencial declarando-se satisfeito. A conversa de 40 minutos também foi decisiva para fechar um entendimento em torno de outros seis cargos reivindicados pela bancada da Câmara e considerados fundamentais para garantir ao Planalto os votos peemedebistas. Temer foi incisivo.
"Na verdade, não são mais que oito posições que o PMDB reivindica, o que é pouco para uma bancada que tem 101 votos no bloco com o PSC", disse o deputado ao presidente, lembrando que o apoio do PMDB é que deu etabilidade política ao governo.
"Vou resolver isto até a semana que vem", teria respondido o presidente a Temer, segundo relato de um dirigente do PMDB que se informou sobre os detalhes da conversa a sós entre os dois. "A conversa foi excelente. O presidente Lula nos garantiu que fará a integração definitiva do partido no governo", resumiu Temer na saída do Planalto.



