PMs reforçarão rodovias estaduais

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A Polícia Militar começou a entregar ontem à Polícia Rodoviária Federal (PRF) o controle das estradas de rodagem federais no Paraná. A transição, iniciada no posto de fiscalização do Contorno Sul, na região metropolitana de Curitiba, prossegue hoje na região Norte e será concluída amanhã no restante do estado. Para assumir os 23 postos e os 3,4 mil quilômetros, 350 policiais foram relocados de outros estados, 50 a mais do que havia anunciado a PRF, aumentando em 65% o efetivo da corporação no estado. Os 284 policiais militares que estavam nesses trechos serão transferidos para os 41 postos da PM nas rodovias estaduais.

Segundo o comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Rodoviária da PM, capitão Valdir Carvalho de Souza, esses policiais inicialmente migrarão para as estradas estaduais, embora seja possível que venham a reforçar outros setores da segurança pública. Carvalho fez a transição do posto do Contorno Sul ao chefe de gabinete do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, Marcelo Paiva dos Santos, e à superintendente da PRF no Paraná, Maria Alice Nascimento Souza. "Estamos entrando para a História", disse ao resumir a importância do ato.

A PM já não fiscalizava as rodovias federais desde sexta-feira, em cumprimento à decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Com base em ação civil do Ministério Público Federal, o Tribunal mandou a PM se retirar dos trechos federais do Paraná e determinou à PRF que assumisse o controle. O TRF-4 ordenou, ainda, a devolução dos valores arrecadados com multas aplicadas pela polícia paranaense nesses trechos.

De acordo com Paiva, os 350 policiais rodoviários vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal farão revezamento até que se complete o quadro paranaense. Para isso, há duas alternativas. A primeira é a transferência para o Paraná de pelo menos metade dos 340 policiais já em formação que passaram no concurso público para atender a BR-163, entre o Pará e Mato Grosso. A outra alternativa é usar parte dos 700 policiais a serem contratados no concurso já autorizado pelo Ministério do Planejamento.