Curitiba e Rio de Janeiro - Embora tenha havido melhorias, 44,7% das crianças e adolescentes de até 17 anos viviam, em 2008, em situação de pobreza, com rendimento domiciliar per capita correspondente a menos de meio salário mínimo. Desse total, 18,5% estavam em situação de extrema pobreza, caracterizada por uma renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo, segundo o IBGE.
Para Ana Lúcia Sabóia, a criança é a parcela da população mais vulnerável e necessita de atenção especial por parte das políticas públicas. Ela cita, por exemplo, a enorme carência de creches, instituições que asseguram uma renda adicional às famílias, pois permitem às mães trabalhar fora enquanto os filhos estão lá. Segundo o IBGE, apenas 18,1% das crianças de 0 a 3 anos estavam matriculadas em creches.
No ano de 2008, 14,2% das famílias que moravam no Paraná estavam em situação de pobreza. O índice nacional ficou em 22,6%. Já nas famílias com risco de vulnerabilidade, com crianças de 0 a 14 anos e que não produzem renda, aumenta o número de pessoas vivendo com menos dinheiro. Os dados de 2008 apontam que 23,3% das famílias nessa situação tinham renda mensal de até meio salário mínimo. No entanto, a maior parte das pessoas, 32,6%, recebia entre mais de meio salário mínimo e um completo. Segundo a pesquisa, apenas 2,6% das famílias paranaenses com crianças de 0 a 14 anos tinham renda acima de cinco salários mínimos por mês.
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