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Pesquisa

Pobreza impulsiona exploração infantil na tríplice fronteira

Unicef aponta urgência de se estabelecer políticas públicas para contornar situação

As crianças vindas de famílias de baixa renda que vivem na região da tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina. São vítimas da pobreza, condição que as deixam longe da escola e as levam com mais facilidade às situações de abuso sexual e ao trabalho infantil. A conclusão é de um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com apoio da Itaipu Binacional no Brasil, Paraguai e Argentina.

Reportagem da Gazeta do Povo mostra que o levantamento foi feito entre junho e outubro de 2005 em 62 cidades situadas na região fronteiriça do Brasil, Paraguai e Argentina. Os pesquisadores obtiveram as informações em banco de dados dos governos federal, estadual e das prefeituras. Esta foi a primeira pesquisa da Unicef realizada simultaneamente em três países.

Um dos dados alarmantes refere-se à desigualdade social, fator que acaba empurrando crianças e adolescentes ao tráfico e consumo de drogas, exploração sexual e comercial. Dos 32 municípios brasileiros incluídos na pesquisa, dos quais 31 são paranaenses, 17 têm uma proporção de pobres maior do que a média estadual (23,7% no Paraná). Os indicadores foram fundamentados na renda domiciliar per capita inferior à linha da pobreza (1/2 salário mínimo).

As altas taxas de pobreza atingem até mesmo municípios que recebem royalties da Itaipu, entre eles Santa Helena, Itaipulândia e São Miguel do Iguaçu. A infra-estrutura e os programas sociais das cidades não resolvem o problema da desigualdade social.

Na tentativa de amenizar o problema, o Unicef está sugerindo aos governos municipais, estadual e federal oito ações para melhorar a condição das crianças na tríplice fronteiras, entre elas a oferta do registro civil em hospitais e maternidades; ampliação dos serviços de saneamento básico; o fortalecimento da família; investimentos em educação de qualidade para crianças de 0 a cinco anos e provenientes de zonas rurais.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo

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