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A novela em que se transformou o uso de pedras do tipo petit-pavé, nas calçadas que estão sendo reformadas pela prefeitura de Curitiba no centro da cidade, não deve se encerrar tão cedo.

Os próximos capítulos estão programados. Um deles, que diz respeito diretamente às atuais obras de revitalização das calçadas, é a decisão da Justiça sobre a liminar que suspendeu a instalação do petit-pavé na Marechal.

A liminar saiu no dia 31 de outubro, pela juíza Josély Dittrich Ribas, da terceira Vara da Fazenda Pública, a pedido do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência. A prefeitura recorreu da liminar no dia seguinte, mas não há data para que saia a nova decisão.

Obras

Enquanto isso, as obras nos 900 metros de calçadas da Marechal Deodoro seguem, mas o trecho onde seria colocado o petit-pavé não está sendo reformado.

A prefeitura explica que o projeto prevê que a maior parte da calçada - entre 4 e 5 metros, dependendo do trecho - está sendo feita com pedras do tipo paver, que não ficam lisas nem escorregadias com a chuva e não fazem as pessoas tropeçarem.

Os representantes das pessoas portadoras de deficiência alegam que o petit-pavé causa acidentes para eles e também para pedestres comuns, porque o calçamento é irregular e fica escorregadio quando molhado.

Mas o trecho de petit-pavé das novas calçadas é de cerca de um metro, apenas, e próximo do meio-fio. Esse trecho não servirá para o trânsito de pessoas, conforme o projeto da prefeitura, e sim para instalação de equipamentos e mobiliário urbano.

Além disso, alega a prefeitura, nos pontos de ônibus o calçamento será todo em paver, e os deficientes contarão com setenta rampas de acesso seguras, em todas as esquinas da Marechal que estão sendo revitalizadas.Custo

Mesmo que a Justiça derrube a liminar e autorize novamente o petit-pavé, as obras, que seriam concluídas em 30 de novembro, sofrerão atraso, informa a prefeitura, por conta dos dias em que o trecho está parado. Além disso, o custo do paver é mais alto.

Outro capítulo da novela das pedras acontece em dezembro, e se refere a uma decisão mais global sobre o uso do petit-pavé na cidade. Está sendo analisado - também a pedido dos representantes de portadores de deficiência - o destombamento de trechos de ruas de Curitiba que são tombados (protegidos) pelo Patrimônio Histórico e portanto, não podem sofrer obras nem ser substituídos.

Os portadores de deficiência querem que, com o destombamento, trechos como o calçadão da Rua XV, calçadas em torno do marco zero da cidade e do setor histórico possam ser reformados, e o petit-pavé possa ser retirado e substituído por calçamento mais seguro.

Em dezembro, se reúne, mais uma vez, o Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, para decidir sobre o caso.

Isto porque, na reunião realizada nesta segunda-feira (6) - os encontros são mensais - um dos conselheiros pediu vistas no processo. Assim, nada foi decidido sobre o assunto. A reunião, na secretaria estadual de Cultura, foi a portas fechadas.

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