
A polícia mineira encontrou vestígios de sangue durante perícia no sítio do goleiro Bruno, do Flamengo, em Esmeraldas (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. O produto químico luminol revelou manchas na sala e também em partes do carro do goleiro, uma caminhonete Land Rover apreendida no início do mês em uma blitz por causa de documentação irregular.
Ainda não se sabe, porém, se o sangue é de Eliza Samudio, 25 anos, ex-namorada do goleiro que está desaparecida há três semanas. Bruno é suspeito pelo desaparecimento da jovem. Segundo o delegado Edson Moreira, somente um exame de DNA poderá determinar se o sangue é dela. Outros objetos, como fralda infantil, roupas femininas e passagens aéreas, também foram apreendidos no sítio.
De acordo com o delegado, todos os indícios levam a crer que o jogador esteja envolvido no sumiço da estudante, mãe de uma criança de 4 meses que seria fruto de uma relação extraconjugal com o goleiro. Moreira pediu ainda a quebra do sigilo telefônico de Eliza. A suspeita é de que a última ligação dela tenha sido feita no sítio de Bruno. O motorista de Bruno, Cleyton Gonçalves da Silva, prestou depoimento à polícia, mas disse não ter nada a ver com o caso.
Denúncia
A polícia investiga denúncia anônima de que Bruno e mais dois amigos espancaram Eliza até a morte e ocultaram o corpo. A estudante não é vista há quase um mês, desde que contou a amigas que viajaria para Minas a pedido do atleta. Ela tentava provar na Justiça que Bruno é pai de seu filho. De acordo com o advogado da família da jovem, Jader Marques, o processo de reconhecimento da paternidade estava "avançado" e não havia outro motivo para que ela estivesse em Minas não fosse o de tratar do caso.
Eliza havia registrado queixa em outubro de 2009 acusando Bruno de ameaça e agressão. O goleiro chegou a ser indiciado por tentativa de aborto, ameaça, cárcere privado e lesão corporal. O resultado do exame toxicológico para detectar vestígios do remédio abortivo Citotec, que Bruno supostamente a obrigou a ingerir na ocasião, deve ficar pronto na próxima sexta-feira. A Polícia Civil do Rio informou que o inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público. Bruno pode pegar até dez anos de prisão caso seja condenado.



