
A Polícia Militar prendeu dois traficantes com 614 gramas de oxi em um ônibus de linha na PR-323, no trevo conhecido como Gauchão, em Umuarama, na região Noroeste do estado. A prisão e a apreensão ocorreram na tarde desta terça-feira (24), durante uma fiscalização de rotina. O ônibus fazia a linha Guaíra-Londrina.
Segundo a polícia, a droga seria levada para Apucarana, região Norte do estado, e seria transformada em aproximadamente 1,5 mil pedras.
"Após a apreensão, fizemos testes na delegacia e foi comprovado que é oxi. Queimamos um pouco da droga para tirar a dúvida, apesar de que já tínhamos certeza de que seria oxi pela cor e cheiro. Os dois traficantes estavam dormindo dentro do ônibus e ficaram muito nervosos quando foram acordados", contou o tenente da Polícia Militar Namur Hamilton Zandona.
A droga estava dentro da jaqueta dos traficantes, que residem em Jandaia do Sul. Além do oxi, a PM apreendeu também 25 gramas de cocaína. Lourenço Júlio Ferreira Malta, 32 anos; e Mauro Emílio da Silva, 33 anos, contaram a policia que receberiam R$ 500 pelo serviço. Os dois foram presos e encaminhados para a Delegacia de Umuarama. A droga será encaminhada para a Polícia Civil de Curitiba.
Oxi: mais perigoso que o crack
O oxi, droga similar ao crack, mas mais barata e com poder de vício maior, já foi apreendida em dez estados brasileiros. No Paraná, o Instituto de Criminalística de Curitiba está fazendo testes para saber se uma substância apreendida no início deste mês, em Cascavel, no Oeste do estado, é oxi.
O crack e o oxi são subprodutos da cocaína. A principal diferença entre as duas drogas está nas substâncias usadas no preparo. Enquanto na produção do crack são utilizados bicarbonato de sódio e amoníaco para oxidar o pó da folha de coca, no processo que resulta no oxi predominam querosene e cal virgem.
Com produtos mais baratos, o custo de produção cai. Vendido pela metade do preço, o oxi tem maior poder de infiltração nas camadas mais pobres. A droga é produzida na Bolívia e no Peru.



