
Os retratos falados de três dos suspeitos de terem participado do roubo de quatro quadros em uma mansão na região dos Jardins, área nobre da capital paulista, foi divulgado na manhã desta terça-feira (12) pela Polícia Civil. As imagens foram feitas a partir das informações dos funcionários da casa que foram rendidos pelos criminosos durante o assalto ocorrido na manhã do domingo (10). Os retratos foram feitos em computador.
As imagens estão prontas desde segunda, mas o delegado seccional, Dejar Gomes Neto, responsável pelo caso, havia dito que só divulgaria num momento oportuno para não atrapalhar as investigações.
O primeiro suspeito tem cerca de 1,75 metro de altura, é branco, possui cabelos castanhos tingidos e olhos de cor castanho claro. Segundo as testemunhas, ele aparenta ter 23 anos de idade. O segundo parece ter 45 anos, 1,80 metro de altura, também é branco, tem o cabelo castanho escuro e os olhos castanhos. O terceiro da foto é pardo, mede cerca de 1,75 metro de altura, tem cabelo castanho escuro, olhos castanhos e aparenta ter 27 anos.
Assalto
Além dos quadros, os ladrões levaram joias e uma quantia não informada em dinheiro. De acordo com a polícia, os assaltantes chegaram à mansão por volta das 9h de domingo. Eles disseram que eram entregadores de flores e que traziam uma encomenda em homenagem ao Dia das Mães. Os funcionários abriram a porta para checar a informação e foram rendidos. Ao todo, seis pessoas foram mantidas presas no quarto dos empregados da casa: quatro funcionários, a colecionadora Ilde Maksoud e uma nora dela. Os assaltantes passaram cerca de uma hora e meia no imóvel.
Segundo as testemunhas, o grupo criminoso tinha entre 15 e 20 integrantes. O artista plástico Cláudio Maksoud, de 53 anos, filho da dona da casa, conta que toda a casa foi revirada durante a invasão. Os assaltantes buscavam objetos de valor. "Foi como se tivesse passado um furacão", contou o filho.
Foram roubados os quadros "Retrato de Maria" e "O Cangaceiro", de Cândido Portinari, e da obra "Figura em Azul", de Tarsila do Amaral. Além delas, ainda foi levada o quadro "Crucificação de Jesus", do pintor "Orlando Teruz". Especialistas avaliam que os quadros roubados valem R$ 3,5 milhões.
Segundo o G1 apurou, os suspeitos entraram na casa perguntando por um cofre onde eles acreditavam que teria uma boa quantia em dinheiro.
Sem imagens
A polícia informa que não há câmeras na área que tenham gravado qualquer imagem dos suspeitos. Pela quantidade de pessoas envolvidas na ação, a polícia acredita que o grupo estava em quatro carros. Ninguém foi preso.



