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tragédia

Polícia diz que ônibus não freou

Falta de marcas de pneu no local onde aconteceu a batida com caminhão aponta para cochilo, desmaio do motorista ou problema mecânico

Laudo que apontará as possíveis causas da batida sairá em um mês | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Laudo que apontará as possíveis causas da batida sairá em um mês (Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)
Veja quem são as vítimas do acidente |

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Veja quem são as vítimas do acidente

PONTA GROSSA - A Polícia Científica não encontrou marcas aparentes de frenagem no local em que um ônibus bateu na traseira de um caminhão-tanque, na madrugada de quinta-feira, na BR-376, entre Ponta Grossa e Curitiba. No acidente, 9 pessoas morreram e 16 ficaram feridas. A ausência de marcas de pneu é um indício de que o ônibus pode ter tido problemas mecânicos ou ainda de que o condutor dormiu ao volante ou teve um mal súbito. O motorista Edwaldo Benedito Gonçalves é uma das vítimas da tragédia.

O perito Edson Napoleão explica que será necessário voltar ao local da colisão para reavaliar a pista, já que chovia no momento da perícia e a água pode ter camuflado vestígios leves de frenagem. Ele conta também que os dois veículos percorreram, engatados, cerca de 200 metros até pararem, em chamas. Os dois tacógrafos teriam sido apreendidos, mas Napoleão não revela a que velocidades estavam os veículos no momento da colisão. O laudo que deve apontar as possíveis causas da batida sai em um mês.

A conclusão preliminar da Polícia Rodoviária Federal é de que as vítimas não tiveram ferimentos graves em consequência da colisão. Contudo, o álcool que estava no caminhão-tanque espirrou e provocou o incêndio no ônibus. O fogo se alastrou rapidamente, dificultando a fuga pelas janelas de emergência. Muitas pessoas dormiam na hora da batida e demoraram a buscar saídas. Além disso, os relatos dos feridos indicam que os passageiros tiveram dificuldades para quebrar as vidraças. Segundo o tenente André Lopes, do Corpo de Bombeiros, são comuns os casos em que as pessoas não conseguem encontrar uma rota de fuga, inalam muita fumaça e desmaiam, sem poder reagir numa situação de incêndio.

A identificação das nove vítimas só será possível por exames de DNA. Amostras de sangue dos parentes foram colhidas e a expectativa é de que o resultado fique pronto em dois meses. Familiares pediram ao Instituto de Crimi­nalística que agilize a elaboração do laudo para que a liberação dos corpos para o enterro possa ser a mais breve possível. A Se­­cretaria de Estado da Segurança Pública informou que irá pedir prioridade na realização do exame.

O ônibus da empresa Princesa do Norte saiu de Carlópolis, no Norte Pioneiro, com destino a Curitiba, transportando 24 passageiros. Dos 16 feridos, que se machucaram ao sair do ônibus ou quando quebraram as janelas, apenas 4 ainda estavam internados na tarde de ontem, dois deles em estado grave. Jair Paulino Oliveira, 57 anos, e Josias Barbosa, 71 anos, continuam no Hospital Vicentino, em Ponta Grossa. Jucelia Lima dos Santos, 24 anos, e Edina Maria de Oliveira Seni, 49 anos, estão no hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo.

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