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A Construtora Santa Clara, com sede na Cidade Industrial de Curitiba, está sendo investigada pela polícia civil suspeita de aplicar golpes na venda de terrenos na capital. A procuradora da empresa, Irene da Rosa Barbosa, 42 anos, foi presa nesta quinta-feira (16) depois de vender a um casal uma área que já pertencia a outra pessoa há mais de quatro anos.

As vítimas contaram ao delegado Gerson Machado, do 11.º Distrito Policial, que compraram um terreno de sete mil metros quadrados na Rua João Rodrigues Pinheiro, no bairro Capão Raso. O casal pagou R$ 2,5 mil à vista. No contrato de transferência de posse, a construtora informava que havia comprado a área da Procuradoria Geral do Município. O casal só descobriu que foi vítima de um golpe na quarta-feira (15) quando foram até o terreno e encontraram o verdadeiro proprietário da área. Ele mostrou a escritura que comprovava que o terreno havia sido adquirido em 15 de fevereiro de 2005, por R$ 70 mil.

Policiais do distrito acompanharam o casal até a construtora para realizar o flagrante. Enquanto as vítimas entregavam um segundo cheque para a procuradora, os policiais entraram e fizeram a prisão. Irene contou ao delegado que foi contratada por dois homens, que seriam os donos da empresa, para vender lotes que estariam no nome de um terceiro indivíduo. Os proprietários da construtora, segundo a procuradora, dificilmente apareciam na empresa.

No local onde funcionava a construtora foram apreendidos um notebook, cópias de contratos de compra e venda de terrenos e notas fiscais. Segundo o delegado Machado, as notas indicavam que a matriz da Construtora Santa Clara fica na cidade de Pinhão, centro-sul do Paraná. "Porém, constatamos que essa matriz não existe fisicamente, apenas no papel", explicou o delegado, segundo a Agência Estadual de Notícias, órgão responsável pela divulgação das informações oficiais do governo do estado.

Machado também afirmou que há indícios que outras pessoas foram vítimas da construtora, inclusive um policial civil. Documentos apreendidos mostram a venda de outra área, esta na Rua João Dembinski, fundos com a Rua Emília Chopacz. A procuradora admitiu a policia que vendeu um lote para uma senhora no valor de R$ 6 mil.

A procuradora ficará detida no 9.º Distrito Policial e irá responder por estelionato. A polícia vai investigar os proprietários da empresa e se outras pessoas foram vítimas do golpe. "É importante os clientes averiguarem em cartórios, Procon e órgãos que regulamentam a idoneidade das empresas em grandes aquisições", alerta o delegado.

Qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso ou que foi vítima do golpe pode entrar em contato com o 11.º DP pelo telefone 3347-1122.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou ouvir os representantes da Construtora Santa Clara, mas ninguém foi localizado.

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