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Morte em SP

Polícia investiga falha humana em acidente com morte no Hopi Hari

Gabriela caiu de uma altura de 30 metros do brinquedo La Tour Eiffel, conhecido popularmente como "elevador", no momento em que o brinquedo estava em queda livre e freou

O delegado Álvaro Santucci, que investiga a morte da adolescente de 14 anos, Gabriela Yukay Nychymura, no parque de diversões Hopi Hari, localizado em Vinhedo, cidade a 79 quilômetros da capital paulista, disse neste sábado que não descarta a hipótese de falha humana no acidente. Gabriela caiu de uma altura de 30 metros do brinquedo La Tour Eiffel, conhecido popularmente como "elevador", no momento em que o brinquedo estava em queda livre e freou. De acordo com testemunhas, a trava da cadeirinha onde estava Gabriela se abriu antes do "elevador" chegar ao chão. O delegado disse que todos os testes feitos nas travas do equipamento, durante perícia realizada logo após a queda, não mostraram problemas.

"Fizemos os estes no brinquedo e não detectamos problemas. Nas cadeiras, há também uma fivela de fixação da trava. A fivela é fixada pelos operadores do brinquedo. Por isso, vamos ouvi-los na próxima semana, já que o depoimento deles é fundamental para esclarecer o que houve. Além da hipótese de falha mecância, vamos investigar também a possibilidade de falha humana", afirmou o delegado.

Segundo Santucci, testemunhas que estavam no parque e no brinquedo disseram que apenas a trava de Gabriela se abriu durante a queda. O delegado não acredita na possibilidade de a própria adolescente ter aberto a trava. As testemunhas confirmaram ainda que Gabriela foi arremessada do brinquedo, após a frenagem e antes do equipamento chegar ao chão.

Neste sábado o delegado fez um apelo para que pessoas que estavam no brinquedo e tenham visto o acidente se apresentem para contar o que viram.

Um estudante que estava no brinquedo com Gabriela disse que ela perguntou a ele como se fechava a trava. "Ela perguntou como se fazia para fechar a trava. Eu já tinha fechado a minha. O pessoal do parque veio apenas pedir para que a gente tirasse os óculos e os bonés. Ninguém conferiu nada", disse o estudante Otton Curcino.

Gabriela morreu após sofrer politraumatismos, além de uma parada cardíaca, provocados pela queda. O La Tour Eiffel, que tem 69,5 metros de altura, equivale a um prédio de 23 andares. Ela já chegou sem vida a um hospital em Jundiaí, para onde foi levada após receber os primeiros socorros. O brinquedo está interditado por tempo indeterminado até que as causas do acidente sejam esclarecidas. Após o acidente, por volta de 10h20m desta sexta, o Hopi Hari foi fechado.

Neste sábado, o Hopi Hari reabriu normalmente ao público. Em nota, a direção do Hopi Hari afirmou que o parque foi aberto "atendendo aos visitantes que, como em todos os finais de semana, se programam com antecedência para vir". Segundo a nota, "a empresa possui profissionais habilitados e com o devido reconhecimento do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para realização de um extenso programa de manutenção, que faz parte de seu padrão de segurança. O Crea também realiza visitas técnicas periódicas no parque", diz o texto.

"É claro que a gente pensa no acidente. Todo mundo pensa. Mas não é porque aconteceu com ela, que vai acontecer comigo", disse Silvia Sartorato, que foi ao parque neste sábado.

Gabriela estava no parque com os pais. Ela mora no Japão e veio passar férias no Brasil. Estava hospedada na casa de parentes em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. O corpo dela será enterrado no cemitério Parque Jardim das Primaveras. A família da adolescente não deu declarações ou detalhes sobre o enterro.

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