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Londrina

Polícia investiga preso que teria publicado fotos dele, na cela, em rede social

Após a publicação das fotos, a polícia identificou e apreendeu um celular que o detento usava dentro da carceragem superlotada. Aparelho vai passar por perícia

Segundo a Polícia Civil, o detento postou fotos no Facebook e comentou sobre a rotina de dentro da delegacia | Reprodução / RPCTV
Segundo a Polícia Civil, o detento postou fotos no Facebook e comentou sobre a rotina de dentro da delegacia (Foto: Reprodução / RPCTV)

Um detento do 5º Distrito Policial de Londrina vai responder administrativamente por ter utilizado um celular dentro da carceragem. A Polícia Civil descobriu a irregularidade depois que fotos do detento, feitas dentro da cela, foram parar em uma rede social. Na página, também foram postados comentários sobre a rotina na prisão. . Depois de alguns dias usando o aparelho sem ser incomodado, o preso foi identificado e prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (19).

Junto com o detento, os policiais encontraram um celular e dois chips. As fotos, segundo o preso, teriam sido enviadas para outra pessoa, que, de casa, teria atualizado o perfil na rede social. "O fato de ele ter ou não acessado a internet por conta própria não diminui a irregularidade, deve responder do mesmo jeito. O que não pode é ter celular dentro da carceragem", explicou o delegado Jayme José de Souza Filho, do 5º DP. O aparelho vai passar por uma perícia para comprovar se o acesso à rede social foi feito de dentro da unidade.

Segundo o delegado, a pessoa que teria postado a foto enviada pelo detento não teria cometido nenhum crime. "Não há nada de errado em postar a foto, não há apologia ao crime, nada que configure ilegalidade", comentou. "Por outro lado, a pessoa que levou esse aparelho para dentro do distrito cometeu um crime, de favorecimento, e pode ser punida de três meses a um ano de detenção", disse Souza Filho.

O 5º DP tem capacidade para 24 presos, mas abriga mais de 110. Na avaliação do delegado, a superlotação atrapalha, mas não impede a fiscalização. Segundo ele, são feitas revistas de rotina dentro das celas e nas pessoas que vêm visitar os detentos. O telefone celular é apenas um item na lista de produtos proibidos nas unidades prisionais.

"Tivemos casos de pessoas tentando entrar com drogas dentro de tubos de pasta de dente, com serras dentro de potes de comida, fora as pessoas que tentam entrar com telefones escondidos dentro do próprio corpo", relatou. Há cerca de 20 dias, uma mulher foi detida com dois celulares e dois carregadores escondidos nas partes íntimas, enquanto tentava entrar em uma penitenciária no Município.

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