
Goiânia - A Polícia Civil de Goiás não localizou a suposta arma de Kleber Barbosa da Silva, de 31 anos, que matou a própria filha e cometeu suicídio lançando o avião que pilotava contra o estacionamento do Flamboyant Shopping, em Goiânia (GO). A arma teria sido usada para sequestrar o monomotor Tupi prefixo PT-VFI, no Aeroclube de Brasília, que fica na cidade goiana de Luziânia, no entorno do Distrito Federal. O laudo da queda deverá ser divulgado em 30 dias.
O sequestro do avião está sendo investigado pela Policia Federal (PF), desde ontem, quando foi aberto inquérito. Porém, segundo a PF, além de laudos serão recolhidas imagens internas e externas gravadas pelo shopping, além de depoimentos.
Até agora, além do inquérito da PF, o caso já rendeu outros dois na Polícia Civil um pela tentativa de homicídio da mulher, Érika Correia dos Santos, de 23 anos, e outro por homicídio da filha, Penélope Barbosa Correia, 5. No entanto, com a morte do autor, os processos serão encerrados.
Cerca de 50 pessoas participaram do enterro do corpo de Penélope, ontem à tarde, num cemitério público da periferia de Goiânia. Érika, que teve alta pela manhã, não acompanhou o enterro, apenas parte do velório. Kleber foi enterrado no início da noite num cemitério particular.
Na quinta-feira à tarde, Kleber agrediu a mulher e jogou-a para fora do carro em movimento, sequestrou a criança e roubou o avião monomotor, que caiu no estacionamento do shopping. Kleber estava desempregado e vivia da ajuda da mãe, que vive na Espanha.
Pela manhã, Érika esteve por 20 minutos no velório da filha. A mulher estava com a cabeça e um dos braços enfaixados e o rosto com marcas do extintor de carro usado pelo marido para agredi-la na quinta-feira à tarde. Ela só foi informada da morte de Penélope depois de sair do hospital, já no carro que a levou para o velório a filha.
O delegado Manoel Borges, da 8ª DP de Goiânia, disse que aguardava o resultado de um exame toxicológico para saber se Kleber consumiu algum tipo de droga.
Os destroços foram retirados do estacionamento do shopping no fim da manhã. Dezenas de curiosos estiveram ontem no shopping para conferir o cenário da tragédia. No dia seguinte ao choque do avião, 23 carros, a maioria com idade média de três anos de uso, estava parcial ou totalmente destruída no local.
No shopping, um dos maiores centros de compras do Centro-Oeste, trabalham cerca de 5 mil pessoas. Outras 5 mil circulavam entre lojas, lanchonetes e cinemas no momento do impacto, de acordo com Miranides Esteves de Matos, administrador do local.



