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São Paulo

Polícia prende estelionatária que morava em dúplex no Morumbi

Delegado diz que há pelo menos 18 inquéritos e seis processos contra ela. Ela usaria documentos falsos para aplicar golpes, inclusive, na irmã

apolícia de São Paulo predeu uma moradora de um duplex do Morumbi, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo. A mulher é apontada pela polícia como "uma das principais estelionatárias" da cidade e tem contra ela 18 inquéritos e seis processos. "Ela responde pelos crimes de estelionato, receptação, falsidade ideológica e uso de documento falso", contou nesta quinta-feira (30) o delegado Jorge Carlos Carrasco.

À frente da 3ª Delegacia Seccional Oeste, Carrasco estava atrás da mulher havia um mês e conseguiu prendê-la por volta de 6h de quarta (29). "Ela não acreditou. Acha que foi denunciada. Não nega e nem assume (os crimes)".

Segundo ele, a suposta criminosa usava nomes falsos para conseguir empréstimos em bancos, financiar a compra de veículos e fazer compras. Em seguida, dava calote. Carrasco contou que uma das vítimas foi a própria irmã da mulher. "Usava o nome da irmã até para abrir conta em banco."

Com um mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda em 2006, a polícia tinha dificuldades em achar a suposta estelionatária, que usava como um dos nomes falsos Rosemary Ferreira Xavier, segundo o delegado. A prisão dela ocorreu depois de um mês de investigações, quando os policiais da 3ª Seccional descobriram que se apresentava como carcereira da Polícia Civil para conseguir vantagens.

"Recebemos a notícia de que ela dizia ser integrante da Polícia Civil. Isso nos deixou preocupados e começamos a investigar", contou Carrasco. Por sempre fornecer endereços falsos, a polícia não conseguia encontrar a suposta criminosa. "Cruzamos dados, fomos rastrear os locais por onde passou", comentou o delegado. Segundo ele, o trabalho agora é procurar possíveis vítimas, uma vez que no apartamento dela havia diversos documentos de RG.

Mal-educada

Apesar da pompa que demonstrava, a mulher foi descrita pelos policiais como uma pessoa "mal-educada, grosseira". Os dois filhos dela estudam em uma escola particular do Morumbi. "Ela nos tratou com desprezo, foi extremamente grosseira", disse Carrasco.

Para ele, a imagem de grã-fina ajudava a aplicar os golpes, pois a presa usava roupas de grife e recorreu à cirurgia. "Ela fez plástica. Mudou totalmente o rosto. Levava vida de rica". Por não ter ensino superior, a mulher dividirá uma cela com outras presas no presídio de Tatuapé, na Zona Leste, considerada uma das zonas mais carentes da cidade.

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