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O estudante de medicina Silvino da Silva Magalhães, de 40 anos, foi preso em flagrante neste domingo (5) por exercício irregular da profissão e falsidade ideológica. Ele se fazia passar por ginecologista do Hospital das Clínicas de Belford Roxo, conveniado ao Sistema Único de Saúde, na Baixada Fluminense. Pela manhã, ele havia atendido quatro mulheres - uma delas era uma policial civil disfarçada.

Magalhães e outro homem, possivelmente um boliviano, foram denunciados à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) por exercício ilegal da profissão. O boliviano fugiu do hospital com a chegada dos policiais.

Magalhães, aluno do nono período da Universidade Iguaçu (Unig), tinha carimbo e receituário com seu nome. Também foi encontrado em sua maleta o carimbo de outro médico, Deodalto José Ferreira, irmão do candidato a deputado estadual Dr. Flávio (PR). O estudante de medicina chegou a se defender, afirmando que estava sob supervisão, mas não havia outros médicos no hospital.

A direção do Hospital das Clínicas informou que não sabia que Magalhães ainda era estudante. Entre a documentação entregue por ele na admissão estavam carteira do Conselho Regional de Medicina e diploma, ambos falsificados, informou a assessoria de Imprensa da Polícia Civil.

A DRCCSP tem feito ofensiva para prender falsos médicos. Em 13 de agosto, uma menina de 5 anos morreu, depois de permanecer 27 dias internada. Ela sofreu convulsões e foi atendida, em julho, no hospital RioMar, na zona oeste, pelo estudante de medicina Alex Sandro da Cunha Souza, que se fazia passar por pediatra. Sem o tratamento adequado, o quadro da criança se tornou irreversível. Souza e a médica Sarita Pereira, que o contratou, foram denunciados à Justiça na última sexta-feira por estelionato e exercício irregular da medicina com resultado morte. Sarita responde ainda por homicídio doloso por omissão.

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