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Foram apreendidos R$ 7 mil em dinheiro, além de cheques e um revolver. Documentos apreendidos comprovaram indícios da Polícia sobre o esquema | Divulgação/Polícia Civil
Foram apreendidos R$ 7 mil em dinheiro, além de cheques e um revolver. Documentos apreendidos comprovaram indícios da Polícia sobre o esquema| Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil encerrou na tarde desta quarta-feira (21) a Operação Castelo de Areia, para desmantelar um grupo que é acusado de aplicar o famoso golpe da pirâmide ao se passar por membros da Maçonaria na Região Metropolitana de Curitiba. Foram oito pessoas presas, entre elas um advogado. Vários documentos foram apreendidos, além de uma arma, cerca de R$ 7 mil em dinheiro e dezenas de cheques, ainda não contabilizados pela equipe responsável pela operação.

A polícia estima que os acusados deram um prejuízo de R$ 4 milhões. Eles mantinham programas de TV, nos quais chamavam as pessoas para o grupo da falsa Maçonaria e pediam as contribuições no esquema de pirâmide.

Os policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) de Curitiba, que coordenaram a operação, cumpriram oito mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Dos presos, sete estão diretamente envolvidos com a organização criminosa e o oitavo foi detido durante a coletiva de imprensa que era realizada na DEDC. Segundo o delegado-adjunto da especializada, Mateus Laiola, o homem foi detido em flagrante na delegacia enquanto tentava passar um celular para um dos presos na operação. Outro acusado ainda permanece foragido.

Com a prisão, os sete envolvidos diretamente com o esquema serão indiciados por organização criminosa e estelionato. Caso condenados, eles devem pegar pena de até 13 anos de detenção. Um dos acusados ainda responderá por porte ilegal de armas. Destes sete envolvidos, três já tinham passagens pela polícia, um deles por estelionato.

Investigação

A investigação começou com a denúncia de uma vítima que foi até a DEDC após perceber o golpe. "Ela teve prejuízo de R$ 200 mil e se deu conta do golpe. Foi o estopim para as investigações". A equipe passou dois meses em busca de informações sobre o grupo. Porém, segundo Laiola, os acusados praticariam os crimes desde 2011.

O grupo tinha um templo em forma de castelo em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, chamado Grande Loja Mista do Rito Memphis-Misraim, no qual realizava celebrações e encontros maçônicos. Entretanto, segundo o delegado, eles eram desconhecidos por maçons de Curitiba. "Conversamos com membros da Maçonaria, que só souberam hoje desta situação e não tinham conhecimento desse grupo". Além de operar nesta área, os envolvidos realizavam negociações para a participação de pessoas no esquema de pirâmide, com cobranças de mensalidade no valor R$ 49. "Havia dez mil inscritos e calculamos algo em torno de R$ 500 mil que o grupo conseguia obter com as vítimas", diz Laiola.

Com os documentos apreendidos, os policiais puderam comprovar os indícios que levaram à operação. Nos próximos dez dias a Polícia Civil deve finalizar o inquérito, mas continua na busca pelo foragido e não descarta que outras pessoas possam estar envolvidas.

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