Rio de Janeiro Três homens foram presos suspeitos de terem matado o casal Christian Doupes e Delphine Douyere e Jérôme Faure, todos de nacionalidade francesa, na manhã de ontem, em um apartamento em Copacabana (zona sul do Rio).
Um dos suspeitos era funcionário da ONG Terr'Ativa, que funcionava no apartamento sob a direção dos três estrangeiros.
De acordo com a Polícia Civil, o funcionário da ONG, Társio Wilson Ramires, de 25 anos, entrou no prédio às 7h30 acompanhado de Luís Gonzaga Gonçalves de Oliveira, de 28, e José Maciel Gonçalves Cardoso, de 35, que fingiam ser técnicos em informática. O trio ficou no escritório da ONG à espera dos franceses, que também moravam no prédio. Faure foi o primeiro a chegar e a ser morto. Logo depois, o casal também chegou e foi morto, depois de tentar reagir.
No momento do crime, os suspeitos usavam máscaras de carnaval para não serem reconhecidos e luvas cirúrgicas, ainda de acordo com a Polícia Civil. Em depoimento, Ramires teria confessado ter contratado os outros dois suspeitos presos para "dar um susto" nos franceses e encobrir um desvio de dinheiro nas contas da ONG, porém negou que pretendesse matá-los.
O filho de Doupes e Delphine um menino de 2 anos estava no apartamento da família quando as mortes ocorreram. Ele permanecerá sob a guarda de um casal de amigos dos estrangeiros até a chegada dos avós franceses. Delphine era quem estava no Brasil havia mais tempo 11 anos.
Em nota, o ministro das Relações Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, transmitiu seus "sinceros pêsames aos familiares e amigos" e informou que os "serviços consulares se mobilizaram imediatamente a fim de obter informações precisas sobre as circunstâncias do crime e se colocaram à disposição das autoridades brasileiras".



