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A polícia prendeu na manhã de ontem em Curitiba um homem acusado de ser o cabeça de uma organização criminosa que movimentava cerca de meia tonelada de cocaína por mês nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O suspeito, C. R. D., 33 anos, foi detido na própria residência, um apartamento de luxo do bairro Bigorrilho e é considerado pela polícia um dos maiores traficantes do Brasil.
A prisão de C. R. D. foi realizada pela Delegacia de Furtos e Roubos da capital paranaense em conjunto com uma equipe de investigações especiais do Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc) de São Paulo. "Recebemos as informações de São Paulo há uma semana e nos dispusemos a participar da prisão", disse o delegado Luiz Carlos Oliveira, da Furtos e Roubos.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, C. R. D. trocou tiros com investigadores do Denarc e desapareceu da cidade há um ano. Desde então, a polícia suspeitava que C. R. D. tinha vindo morar em Curitiba, de onde seguiu comandando os negócios que mantinha no Rio de Janeiro e São Paulo. O delegado paulista Ferreira Neto não quis especificar os meios usados para C. R. D. se comunicar.
A polícia afirma que a droga não era comercializada no Paraná. "Ele é cauteloso, nunca se aproxima de onde a droga está. É um estrategista", afirma Neto. Segundo o delegado, o traficante tinha ligações com traficantes de cartéis da Colômbia e Bolívia.
Em Curitiba, C. R. D. morava com uma namorada, que não teria ligação com o tráfico de drogas. Além do apartamento de luxo, era o proprietário de uma moto Harley Davidson, um Mini Cooper, e duas caminhonetes Land Rover e Rave 4. Todos os veículos foram apreendidos pela polícia.
O acusado não quis falar com a imprensa e foi transferido para São Paulo no final da tarde.
Reportagem atualizada em 14/03/2025 para a substituição do nome do envolvido por suas iniciais, pois o crime foi prescrito.



