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| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

Das treze pessoas presas pela polícia nesta terça-feira (12) durante a manifestação contra a alta das tarifas do transporte público em São Paulo, duas delas continuam detidas. Segundo o governo paulista, os dois suspeitos portavam material “com alto poder destrutivo” e irão responder a processo.

Um dos detidos é menor de idade (a lei considera apreendido) e o outro, já adulto.

De acordo com nota divulgada pela Secretaria da Segurança nesta quarta (13), este maior de 18 anos poderá pegar de três a seis anos de prisão. “O crime pode ser agravado, pois ele estava na presença de um menor de idade”, diz a nota. A nota, porém, não explica qual tipo de explosivo os policiais encontraram.

Ainda segundo a Segurança, apenas na tarde desta quinta foi liberado a última pessoa presa nas manifestações ocorridas no dia 8 deste mês, após expedição de um alvará de soltura. Naquele dia, 17 pessoas foram detidas e conduzidas para delegacias do centro.

PROTESTO SUFOCADO

O segundo ato expressivo contra a alta das tarifas de transporte em São Paulo realizado no final da tarde desta terça-feira (12) foi marcado pela nova estratégia da polícia, que reprimiu com intensidade antes de haver confronto com “black blocs”.

Ao menos 28 pessoas ficaram feridas durante a manifestação. Não há relato de policiais militares que precisaram de atendimento médico. O MPL (Movimento Passe Livre) relatou casos de violência policial, e o governo negou abusos.

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, disse que a PM usou a força em um protesto promovido pelo MPL porque os manifestantes “investiram contra os policiais” para furar o bloqueio que os impedia de seguir por um trajeto não combinado previamente. “Não é possível que uma manifestação se transforme em anarquia”, disse Moraes.

A polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral quando os manifestantes ainda se concentravam na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Moraes alegou que é uma exigência legal noticiar previamente o caminho de um protesto. Segundo o secretário, os representantes do MPL, que organizou o ato, não comunicaram previamente o caminho a ser percorrido.

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