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Um efetivo de 128 policiais militares para dar proteção a uma população de aproximadamente 5.000 pessoas da Ladeira dos Tabajaras e do Morro dos Cabritos, em Copacabana. E não há sequer um banheiro para que os policiais possam tomar banho ou fazer suas necessidades. O contêiner que tinha esta função foi interditado pela Coordenadora de Polícia Pacificadora (CPP) há cerca de um mês. Além disso, o espaço para as refeições é exíguo, dentro de outro contêiner, onde os agentes precisam se revezar.

Esta foi a situação das condições de trabalho na Unidade de Polícia Pacificadora da Ladeira dos Tabajaras encontradas ontem por uma comissão de deputados estaduais que inciaram, em abril, uma séria de inspeções em UPPs.

“Essa é a segunda etapa de uma série de visitas que iniciamos pelo Morro do Borel. O que vimos aqui e que é o nosso lamento, são as péssimas condições de trabalho destinadas a esses policiais. E vamos cobrar da Secretaria de Segurança e do Governo do estado. Encontramos interditado o local onde os policiais tomavam banho para iniciar ou terminar seu trabalho. Não têm condições de usar o espaço. Ou vão pedir na comunidade para usar o banheiro ou vão se deslocar até o batalhão. Se foi previsto é porque é necessário. Então, precisamos ter serenidade para atender a essa demanda dos policiais”, comentou a deputada Martha Rocha (PSD), presidente da Comissão de Segurança e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa. “Um agente que não tem um banheiro para usar terá a qualidade de seu trabalho atingida”, diz.

O local de refeições também foi criticado por Martha. “Eles não fazem suas refeições no batalhão. Eles recebem uma gratificação, e eles têm um espaço muito pequeno, que dividem com uma geladeira, um micro-ondas, para fazerem suas refeições. Todas essas questão que envolvem o policial são auxílios externos, que agregam valor ao trabalho do policial”, criticou Martha, que visitou a UPP na manhã desta quinta-feira (14) acompanhada dos deputados estaduais Bruno Dauaire (PR) e Jorge Felippe Neto (PSD).

Segundo Martha, durante encontro com o subcomandante da UPP, o tenente Luiz Adriano Travaglia Ferreira ficou decidido encaminhar à Secretaria de Segurança uma indicação com pedido de análise da escala de serviço dos agentes, outro motivo de crítica.

“Eles trabalham em escalas de 12h por 24h e de 24h por 48h. Os policiais chamados de residentes (aqueles que moram em outros municípios) ficam prejudicados com uma folga de 48 horas somente”, disse a deputada. Há cerca de 30 residentes na UPP. - As condições de trabalho aqui são muito ruins. Eles não têm banheiro, têm péssimas instalações para fazerem brevemente sua refeição. E eles não têm a possibilidade de fazer suas refeições no batalhão. Por que eles ganham uma gratificação que eu considero muito singela: R$ 172 mensais. O que dá, respeitando as escalas, pouco mais do que R$ 10 por dia.

Os parlamentares pretender visitar outras cinco unidades, entre elas alguma no Complexo de Favelas da Maré e outra na Zona Oeste, antes de encaminhar um relatório à Secretaria de Segurança e ao Governo do Estado. A primeira inspeção foi feita em 28 de abril na UPP do Morro do Borel.

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