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Curitiba

Policiais denunciados por agressão são ouvidos em inquérito militar

Casal afirma que foi torturado no domingo, após ser confundido com traficantes

Seis policiais militares do 13.º Batalhão de Curitiba foram ouvidos nesta terça-feira (4) pela corregedoria da Polícia Militar (PM). Eles foram denunciados por um casal na segunda-feira (3). Um mecânico de 53 anos e a mulher dele afirmam que foram agredidos pelos policiais em uma abordagem que aconteceu no domingo (2), na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Na denúncia o casal disse que foi confundido com traficantes. Os policiais ouvidos nesta terça participaram da prisão do mecânico e da mulher dele.

Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para investigar o caso e os policiais foram afastados das funções na rua. "Toda essa investigação não é solucionada pela PM. Nós levamos esse inquérito até o Ministério Público", disse o major Éveron César Puchetti Ferreira, chefe da comunicação social da PM, em entrevista ao telejornal ParanáTV, 2.ª edição.

De acordo com reportagem do telejornal, o mecânico promete repetir a denúncia que fez no depoimento à corregedoria da polícia. Ele afirma que foi ao posto de saúde do bairro Fazendinha, no domingo à tarde, para aplicar uma injeção para dores na coluna. O mecânico saiu do local com a mulher dirigindo o próprio carro. Na Rua Desembargador Cid Campello, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), o casal percebeu a aproximação de três carros da polícia com a sirene ligada.

O mecânico disse que parou o veículo, abriu os vidros e quando desceu do carro para obedecer a ordem policial começou a seção de tortura. "Um me grudou para trás com aquela arma. Dois já grudaram na perna e dois nos braços. Eles me enforcaram e depois pediram para eu pedir desculpa para eles", contou o mecânico. O carro do casal teria sido confundido com o de quatro traficantes. Os policiais, segundo a versão do casal, arrancaram o forro do banco traseiro atrás de drogas.

Depois da abordagem policial, o mecânico e a mulher foram levados de camburão até o 8.º Distrito Policial. Nas quatro horas seguintes, o casal afirma que ficou preso algemado em uma sala do 8.º DP sem que ninguém aparecesse para ouvi-los. "Nós não tivemos o direito de ligar para um parente, para nada", disse o homem.

Segundo o telejornal, o casal só foi liberado às 22h30, depois que assinou um termo se comprometendo a comparecer diante de um juiz para responder por desacato à autoridade. Como o mecânico e a mulher ficaram presos em uma delegacia, a corregedoria da Polícia Civil também vai investigar o caso.

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