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Policiais federais do Paraná promovem uma paralisação de 48 horas nesta segunda (26) e terça-feira (27) para reivindicar melhorias na corporação. O sindicato que organiza a manifestação integra um movimento nacional. A estimativa é de que 30% do efetivo seja mantido em serviços essenciais e os demais agentes, escrivães e papiloscopistas estejam de braços cruzados. Serviços de emissão de passaporte continuam sendo ofertados, segundo representantes dos policiais.

O setor de comunicação da Polícia Federal informou, na manhã desta segunda (26), que não há reflexos ao atendimento ao público que procura a superintendência de Curitiba para emissão de passaportes. Já sobre os trabalhos internos, o órgão disse ainda não ser possível fazer uma avaliação do impacto do movimento.

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR), Fernando Augusto Vicentine, diz que o objetivo do movimento é não afetar as pessoas. "O que pode acontecer no caso dos passaportes é um pouco mais de lentidão no atendimento. Mas tem muitos terceirizados trabalhando, a lentidão não será nada que vá prejudicar a pessoa, fazer ela perder viagem ou algo do tipo. Não queremos trazer prejuízo para ninguém."

Vicentine diz que um ato público será feito na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (27), para convocar as pessoas a compartilharem da causa de uma PF melhor. "Vamos fazer um barulho grande lá, concentrar todos os policiais. Queremos ver como vai ser a recepção por parte dos parlamentares. Justamente porque os parlamentares representam o povo e queremos chamar a população para dentro dessa luta que é uma luta do povo."

Reivindicações

O presidente do Sinpef-PR prioriza a melhoria nas condições de trabalho como objetivo a ser alcançado. "Nós queremos perguntar para a população que tipo de PF ela deseja. Uma polícia eficiente ou de faz de conta? Temos hoje uma defasagem de 3,5 mil policiais apenas nas fronteiras do Brasil. Na Ponte da Amizade, a ponte mais importante do país, temos apenas quatro policiais trabalhando em regime de plantão. Esse efetivo não dá conta nem da imigração", cita.

O dirigente não descarta a possibilidade de novas manifestações e paralisações. Ele diz, no entanto, não ser possível prever com exatidão os desdobramentos da manifestação porque quem decide sobre elas é a base da categoria. "Mas se levar em conta a insatisfação geral de todo mundo, existe possibilidade inclusive de greve por tempo indeterminado".

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