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O superintendente Maurício Brandão, da Polícia Civil de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, que morreu no final da tarde desta terça-feira (28), estaria de férias, de acordo com o Sindicato das classes policiais civis do Estado do Paraná (Sinclapol). Brandão teria sido atingido por um disparo da própria arma após identificar e tentar prender um foragido da Justiça. Segundo o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, o sindicato vai buscar documentos que provem que ele estava em férias, mas trabalhava em função da falta de efetivo de policiais no Paraná. "Se comprovado que ele estava de férias, o Estado será responsabilizado e terá que indenizar a família", diz Gutierrez.

O presidente do Sinclapol destacou que esta prática está virando rotina no Paraná. "Um estado rico como o nosso precisa tomar vergonha na cara para evitar que situações como esta aconteçam", reclama. Para Gutierrez, o mês de férias deveria ser respeitado para que os policiais possam se recuperar da energia negativa que recebem durante todo o ano. "O desgaste é grande, um mês de férias não é suficiente para recuperar, mas precisamos que pelo menos esse período seja respeitado", avalia.

Policial exemplar, trabalhador, dedicado, honesto e interessado em melhorar a polícia, Brandão foi uma grande perda para a Polícia Civil do Paraná, de acordo com Gutierrez. Ele garante que o sindicato prestará todo o apoio necessário para a família, inclusive disponibilizando o departamento jurídico para auxiliar os familiares a tomarem as medidas cabíveis.

O corpo de Maurício Brandão foi velado no Cemitério Parque de São Pedro, em Curitiba, e seria sepultado no mesmo local às 16h. Brandão deixa mulher e um filho adolescente.Morte

Na tarde desta terça-feira, o superintendente da Polícia Civil foi levar documentos até o fórum de Campina Grande do Sul quando identificou um foragido da Justiça. Brandão teria tentado deter o rapaz e os dois iniciaram uma luta corporal. No confronto, a arma do superintendente disparou por duas vezes. Um dos tiros acertou a barriga do próprio Brandão, enquanto o outro atingiu o foragido Andrei da Conceição Pilar, de 21 anos, na perna.

Os dois foram encaminhados ao Hospital Angelina Caron, mas o policial não resistiu aos ferimentos e morreu. Pilar não corre risco de morte e será detido assim que receber alta. A polícia ainda deve investigar de que forma ocorreram os disparos e quem atirou.

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