Em Londrina, Norte do estado, o desequilíbrio ambiental é causado por uma espécie nativa: a pomba amargoza. Levantamento feito há cinco anos já apontava para uma população de 170 mil aves no município. Em 2009, a Secretaria Municipal de Saúde registrou quatro mortes por infecção pelo fungo Cryptococcus neoformans, encontrado nas fezes do pássaro e, depois de adotar medidas para afastar os pombos, anunciou o extermínio.
O Ibama, órgão responsável pela autorização para o abate, concedeu parecer favorável ao controle de pombos, mas fez uma série de exigências, entre elas a elaboração de um cronograma de ações.
Antes de abater as aves, a prefeitura deverá ainda apresentar a empresa responsável pelo levantamento populacional, com cadastro no Ibama; indicar o responsável técnico pela execução do projeto e a empresa que vai dar o destino final às carcaças. O órgão ambiental também exige da prefeitura um programa de recuperação de matas ciliares e reservas legais em Londrina. Ao final do processo, o município precisa entregar relatório conclusivo do projeto, além dos relatórios trimestrais enquanto o abate estiver em andamento.
A medida defendida pela prefeitura gerou reação de entidades de defesa animal. Para a presidente da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba, Soraya Simon, a ação vai estimular os maus-tratos aos animais. Ela defende que a Secretaria de Meio Ambiente deveria se preocupar com os problemas de limpeza da cidade, que contribuem para proliferação dos pássaros. "Falta uma política pública para conscientizar a população, pois, sem isso, os pombos vão voltar. Quem tem que ser corrigido é o homem. Os animais não podem sofrer por causa da ação dos seres humanos."
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