A população de Medianeira, no Oeste do Paraná, parou ontem por volta das 16 horas para homenagear dois policiais militares mortos na noite de domingo. Moradores foram às ruas e comerciantes baixaram as portas em tributo aos PMs. O cortejo percorreu as principais ruas da cidade e envolveu policiais de todas as corporações, além de bombeiros e atendentes do Samu. A Associação Comercial da cidade convocou os lojistas a fecharem as portas.
Os dois soldados, Jorge Luiz da Fonseca, 28 anos, e Diego Gugel Araújo, 29, foram mortos a tiros por volta das 21h30 de segunda, conforme informações da Polícia Civil. Um adolescente, de 17 anos, foi considerado o principal suspeito do crime. Ele acabou sendo morto por volta do meio-dia de ontem durante um confronto com PMs após ser localizado escondido em uma mata em Itaipulândia, na fronteira com o Paraguai. Segundo informações da Polícia Civil, ele tentou reagir e acabou alvejado pelos policiais que realizavam buscas desde o momento em que matou os PMs.
Ao fugir da cadeia pública da cidade, o adolescente procurou o serviço de um mototáxi. Ao chegar ao destino ele revelou ao mototaxista que havia fugido da cadeia. O mototaxista acionou a polícia e informou o que havia ocorrido. Minutos depois, os dois soldados suspeitaram do menor que estava a pé e tentaram abordá-lo. Ele teria reagido, desarmado um dos soldados e atirado contra os dois.
Segurança
Consternada, a população de Medianeira clama por segurança. A desenhista Ana Luysa Berti, 26 anos, está assustada com a violência. Assaltos e homicídios passaram a ser frequentes no município de 42 mil habitantes. Ela mesmo diz ter tido a moto furtada em casa, em uma região da cidade considerada tranquila. "Chegamos a um ponto no qual ninguém tem medo da lei."
