Cerca de 40 estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) fizeram uma intervenção em uma aula da graduação do professor e secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, na manhã desta segunda-feira (24).
PM reage e afirma que ‘bandidos’ são responsáveis por chacina na Grande SP
A reação foi uma resposta a uma charge que circulou na internet segundo a qual os PMs utilizam o uniforme durante o dia e, à noite, promovem chacinas
Leia a matéria completaO objetivo da intervenção dos alunos foi protestar contra a chacina em Osasco, região metropolitana, onde 18 pessoas foram assassinadas no dia 13 deste mês. O ato foi pacífico e durou poucos minutos. Além disso, os estudantes convidaram o secretário, que é docente do Departamento de Direito do Estado da instituição, a participar de uma audiência pública que ocorrerá nesta terça-feira (25), em Osasco.
Em um vídeo divulgado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, entidade representativa dos alunos, o estudante do oitavo semestre Fábio Machado, de 22 anos, pega o microfone para fazer críticas à Polícia Militar e ao tratamento dado à chacina. “Há fortes indícios de que (as mortes) foram cometidas por grupos de extermínio da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Esse não é um caso isolado, mas sim uma prática institucionalizada da PM. E sabemos que com forte seletividade social e racial, é uma prática cotidiana”.
Quando o estudante disse ao secretário que ele representava a secretaria, Moraes tentou interrompê-lo e disse que, ali, representava a USP.
Procurado pela reportagem, o aluno disse que a intervenção foi planejada entre os alunos e que não atrapalhou a aula, já que foi feita no final do período. “Ele deu permissão para fazer o comunicado”, disse. “A USP é um espaço privilegiado. O povo de Osasco não está ali dentro para fazer essa cobrança. É o mínimo que podemos fazer”, comentou.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião