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Greve dos controladores de vôo em 2006: filas nos aeroportos podem voltar. | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Greve dos controladores de vôo em 2006: filas nos aeroportos podem voltar.| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Cerca de 40 mil aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (serviços em terra) avaliam entrar em greve nos principais aeroportos do país às vésperas do Natal. As duas categorias reivindicam um reajuste salarial de 13%, mas as empresas aéreas de vôos regulares oferecem 5% de aumento mais reposição da inflação (em torno de 2%) no dia 30 de junho do ano que vem. Os trabalhadores do setor aéreo estão em estado de greve desde o dia 27 de novembro.

"Estamos avaliando se a nossa paralisação vai ser próxima do Natal. Também estamos avaliando se será uma parada de advertência, de 24 horas, ou por tempo indeterminado", afirmou a secretária-executiva do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. De acordo com ela, uma paralisação no dia 24 de dezembro é uma possibilidade, caso as negociações não avancem.

Uma eventual parada de pilotos e comissários na véspera do Natal também foi admitida pela presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio. "Existe uma insatisfação latente entre os trabalhadores, pois as companhias aéreas não repassaram Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Não está descartada (paralisação na véspera do Natal)", antecipou.

Os aeroportos que podem ser afetados com as paralisações seriam os de São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte. A decisão final será tomada após o próximo dia 9, quando os trabalhadores realizam nova rodada de negociações com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e com o Sindicato Nacional de Táxi Aéreo (Sneta).

Selma disse que já foram realizadas três rodadas de negociações com o Snea e duas com o Sneta, sem sucesso. Este último sindicato, diz ela, nem ofereceu contraproposta. O superintendente do Sneta, Fernando Alberto dos Santos, afirmou que as empresas de táxi aéreo não conseguiram fechar um índice de reajuste para os trabalhadores por causa da crise, que afetou os vôos fretados. "É absolutamente inviável o reajuste de 13%, mas confiamos num acordo com os trabalhadores", disse.

Apagão aéreoUma das maiores crises da aviação comercial brasileira, que ficou conhecida como apagão aéreo, ocorreu de uma greve deflagrada no início de novembro de 2006, quando os controladores do tráfego decidiram cruzar os braços a partir do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo de Brasília (Cindacta 1). Naquela ocasião, o cancelamento e o atraso de vôos afetou o movimento dos principais aeroportos do país, com centenas de passageiros sem ter como viajar.

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