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Paraná

Possibilidade de greve dos PMs do PR é pequena, diz presidente de Amai

Entidades que representam os policiais militares irão se reunir na tarde desta segunda, em Curitiba, para discutir a decisão do governo do Paraná de enviar até 15 de março um projeto à Alep sobre a implantação da Emenda 29

Entidades que representam os policiais militares estão reunidos desde o início da tarde desta segunda-feira (13), em Curitiba, para discutir a decisão do governo do Paraná de enviar até 15 de março um projeto à Assembleia Legislativa do Paraná sobre a implantação da Emenda 29. Em Londrina, uma manifestação reunindo mulheres de policiais foi realizada nesta segunda-feira. Não há previsão de que atos ocorram em Curitiba, de acordo com a Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai).

De acordo com o presidente da Amai, coronel Elizeo Furquim, a possibilidade dos policiais militares paranaenses entrarem em greve é pequena. "Eu não considero que a greve esteja madura, porém, essa é a opinião do presidente da Amai. Vamos discutir a questão com as demais entidades nessa tarde", afirmou Furquim.

A Emenda 29 foi aprovada em 2011 e prevê o aumento nos salários para todas as patentes, de coronel a soldado, com a incorporação de subsídios ao soldo.

Polêmica

O cabo Bento Eliseo Aleixo, que está trabalhando na Operação Verão, participou da carreata, na última sexta-feira (10) (veja box). "Estamos nas unidades esclarecendo sobre as reivindicações, incentivando a mobilização para que seja implantado o subsídio", afirma. Para ele, a implantação do subsídio vai refletir diretamente na qualidade da segurança. Aleixo participa também do Fórum de entidades representativas da PM.

Depois da carreata, Aleixo e mais um cabo foram chamados para voltar à Curitiba e explicar os motivos da carreata ao subcomandante geral, coronel Cesar Alberto Souza. Horas depois da carreata, o subcomandante fez uma ligação para Aleixo e perguntou se haveria algum plano para fazer uma "emboscada" contra o governador Beto Richa em Caiobá, em frente ao prédio onde tem residência.

"Respondi que a manifestação era dentro da legalidade e harmonia. Não queremos greve. Temos estratégias de ações legítimas", afirma. Ele conta que já em Curitiba, o coronel César voltou a perguntar e, depois das explicações, pediu desculpas e disse que a informação sobre a emboscada teria sido repassada pela Casa militar . "Ele achou que queríamos encurralar o governador". De acordo com ele, esses "convites" de explicações ao comando causam desgaste e instabilidade na relação com a base.

Aleixo explica que a situação do Paraná é diferente da Bahia e do Rio de Janeiro. "Queremos que o governo cumpra a lei. Quem está ilegal no Paraná é o governador e não a polícia", afirma sobre o governo do estado ainda não ter regulamentado a emenda 29.

Além desse caso, os agentes relataram o caso de uma oficial do 12º Batalhão da PM que teria sido transferida para outra unidade depois de participar de uma manifestação na Boca Maldita. Ela teria sido ameaçada de prisão e foi convidada a prestar esclarecimentos.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da PM informou que a oficial do 12° batalhão foi afastada da unidade por questões operacionais. Ela também não foi presa ou punida.

Já em relação ao caso dos policiais que participaram da carreata no Litoral, a assessoria confirma que eles foram chamados para prestar esclarecimentos ao comando. Segundo a nota, "qualquer manifestação coletiva de militares estaduais, em serviço ou não, precisa ser previamente cientificada e seus objetivos informados".

Proposta

Um acordo sobre os valores do subsídio foi fechado entre o Fórum das Entidades de Representação de Policiais e Bombeiros, que reúne doze associações, e o Comando da Polícia Militar do Paraná (PM-PR), em 2 de fevereiro.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Administração e Previdência afirmou que ainda nesta semana o governo irá apresentar uma proposta prévia aos policias militares e civis. A data exata não foi informada. A seguir, a ideia é que a medida seja discutida com as duas corporações e então um projeto seja enviado à Assembleia Legislativa.

Greve na BA e RJ

O presidente da Amei destacou que as entidades do Paraná não têm ligações com os policiais que entraram em greve na Bahia e no Rio de Janeiro. "Queremos discutir a implantação com o governo e não tomaremos nenhuma medida que esteja em desacordo com a legalidade", resumiu o presidente da Amai.

Londrina

Um grupo de mulheres de policiais militares de Londrina se reuniu na manhã desta segunda-feira (13) no Calçadão, em frente ao Banco do Brasil, no centro da cidade, para protestar por melhores salários para a categoria. O Movimento das Esposas de Policiais Militares (Mepom) realiza vigília em várias cidades do Paraná.

Cerca de 40 pessoas participaram da manifestação, que foi pacífica. Além das mulheres, alguns militares que estavam de folga participaram do movimento. "Não são só as perdas salariais que reivindicamos. Também queremos melhores condições de trabalho. Consideramos que a sociedade ganhará com isso, porque, entre as propostas, está a exigência de curso superior para PM, o que garante maior qualidade profissional", disse a representante do Mepom Vera Rubbo.

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