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PR é o 2.º em ranking de desenvolvimento

Emprego e renda puxaram o crescimento do estado. Maringá, no Noroeste, é a 36a cidade mais bem avaliada em todo o país

Geração de postos de trabalho em Maringá, no Noroeste, colocou a cidade no alto do ranking nacional de desenvolvimento, segundo a Firjan | Andye Iore/Gazeta do Povo
Geração de postos de trabalho em Maringá, no Noroeste, colocou a cidade no alto do ranking nacional de desenvolvimento, segundo a Firjan (Foto: Andye Iore/Gazeta do Povo)
Saiba mais sobre o novo índice |

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Saiba mais sobre o novo índice

Novo índice que mede o desenvolvimento dos municípios brasileiros mostra que o Paraná é o segundo melhor colocado no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo. Pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), numa escala de zero a um – em que quanto mais próximo de um maior é o grau de desenvolvimento – São Paulo ficou com 0,8499 e Paraná com 0,8035. Apenas os dois estados em todo o país alcançaram, segundo o novo índice, um patamar de alto grau de desenvolvimento. Curitiba lidera o ranking entre as capitais, com IFDM de 0,8510.

O IFDM é um trabalho de fôlego feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com o objetivo de fazer uma radiografia dos 5.559 municípios brasileiros e acompanhar a evolução deles ano após ano. O índice avalia dados de emprego/renda, saúde e educação. Para efeitos de análise, a entidade fez o cálculo dos IFDMs referentes a 2005 e 2000. Os dados foram divulgados na semana passada.

Pelo IFDM 2005, o Paraná tem 17 cidades consideradas altamente desenvolvidas. A maior parte dos municípios do estado, 346, tem índice de desenvolvimento considerado moderado. Outros 36 têm o desenvolvimento regular. Nenhum município paranaense foi considerado com baixo índice de desenvolvimento.

No ranking nacional, em 36º lugar, Maringá, no Norte do estado, foi a cidade paranaense mais bem colocada. "Maringá teve um grande crescimento de sua base industrial. É segundo município com maior aumento de empregos em número absoluto e o maior em número relativos", diz o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Carlos Manoel dos Santos.

No ranking estadual, Maringá foi seguida por Londrina, Curitiba, Pinhais e Toledo. Goioxim, na Região Centro-Sul, com 8 mil habitantes, teve o pior índice de desenvolvimento do estado, ficando em 4.536º lugar. "Goioxim tem uma base rural, com estrutura de emprego familiar, que não entra neste tipo de indicador, porque não é remuneração formal", explica Santos.

Doutor Ulysses, Laranjal, Cerro Azul, Adrianópolis e Guaraqueçaba também estão na lanterna no ranking estadual. Em comum, eles têm baixos índices de emprego e renda e taxas regulares de educação, segundo a Firjan. Três deles são da região do Vale do Ribeira: Doutor Ulysses, Cerro Azul e Adrianópolis. "O Vale do Ribeira é objeto de política específica do governo do estado desde 2003. Ele já vem melhorando e isso deve aparecer ainda mais nos indicadores dos próximos anos", afirma Santos.

Resultados

Tunas do Paraná, localizada também no Vale do Ribeira, por outro lado, foi o município paranaense que teve o maior crescimento entre 2000 e 2005. "Esse crescimento foi impulsionado pelo asfaltamento da estrada e pelas madeireiras", explica Santos. Depois de Tunas do Paraná, Foz do Iguaçu, Coronel Domingos Soares, Marquinho e Bela Vista da Caroba foram as cidades que apresentaram maior desenvolvimento entre 2000 e 2005, no Paraná.

Das três áreas consideradas no IFDM, emprego e renda foi a que apresentou maiores ganhos no Paraná, com crescimento de 72,71% em 2005 sobre 2000, acima do aumento médio de 42,36% do país. A evolução da área de saúde, com 7,51%, foi ligeiramente superior aos 6,4% de média nacional. A educação registrou crescimento de 7,07%, bem abaixo do aumento de 17,01% desse indicador no país.

É justamente o quesito emprego que fez diferença nos resultados no Paraná, de acordo com o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luis Lopes Diniz Filho. "A inclusão de indicadores de emprego, além dos tradicionais de renda, saúde, faz diferença. Emprego tem uma variação conjuntural grande, muda de um ano para outro. Os outros indicadores demoram mais param mudar", explica.

O presidente do Ipardes concorda. "O Paraná saiu da 4ª colocação, no IFDM de 2000, para a 2ª colocação em 2005, puxado pelo emprego e renda. Educação e saúde, que já têm um patamar alto, mantiveram os índices", afirma Santos.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de 1996 a 2000, o Paraná perdeu 49,4 mil empregos. De 2001 a 2005, entretanto, foram criados 370 mil postos de trabalho. Só em 2004, foram 122,6 mil. Para municípios que tinham uma base de empregos pequenas, a variação é grande. "Faz uma diferença enorme sobretudo para cidades pequenas", afirma Diniz.

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