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estradas do crime

PR é o 3.º em pontos de exploração sexual infantil

Levantamento da Polícia Rodoviária Federal mostra aumento de 60% nos trechos mais vulneráveis a esse crime nas rodovias federais

A BR-116, que corta o Sul, o Sudeste e o Nordeste, é a rodovia com mais pontos vulneráveis à exploração | Daniel Castellano / AGP
A BR-116, que corta o Sul, o Sudeste e o Nordeste, é a rodovia com mais pontos vulneráveis à exploração (Foto: Daniel Castellano / AGP)

O Paraná é o terceiro estado com mais pontos vulneráveis às ações das redes de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais. Neste ano e em 2013, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descobriu 179 estabelecimentos no estado que reúnem características que propiciam o crime nessas estradas. Os estados com mais pontos detectados são Minas Gerais e Bahia, com 313 e 216 locais, respectivamente. A BR-116, que corta as regiões Sul, Sudeste e Nordeste, é rodovia com mais pontos observados pela PRF, num total de 243. Só na região Sul, essa rodovia tem 62 pontos.

INFOGRÁFICO: Confira o número de pontos vulneráveis a exploração sexual de crianças e adolescentes pelo Brasil

O Mapeamento dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais Brasileiras, feito pela PRF, é uma iniciativa da Organização International do Trabalho (OIT ), da ONG Childhood Brasil e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O mapeamento ajuda no desenho de políticas públicas para dirimir a prostituição infantil.

Esse levantamento mostra ainda que o Paraná é o sexto estado brasileiro com pontos críticos, tendo 26 locais que reúnem muitos aspectos negativos ao mesmo tempo. No país, foram registrados 1.969 pontos vulneráveis em 470 municípios. Segundo a análise, 691 são críticos.

O total de pontos vulneráveis aumentou em 60% no Paraná desde o último levantamento, realizado no biênio 2011-2012. Em todo país, esse crescimento chegou a 10%. A região Sul tem registrado 448 pontos vulneráveis.

De acordo com a presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da PRF, Márcia Freitas, o aumento dos pontos identificados são consequências da melhora da capacitação dos policiais. Além disso, outro motivo é a mudança rápida de endereços desses estabelecimentos. "A migração é o principal problema enfrentado pela polícia", disse Márcia, por telefone.

Ela explicou que essas informações são repassadas para as superintendências regionais, que articulam operações para coibir o crime nas rodovias. A localização exata dos pontos não foi divulgada para não atrapalhar essas ações.

Os dados divulgados foram coletados por meio de um formulário preenchido por policiais rodoviários federais durante rondas nas estradas. O documento contém questões sobre características dos locais encontrados. A partir de então, um software calcula e divide os pontos por níveis de criticidade.

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