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A doença

A rubéola é uma doença infecciosa.

Sintomas

Febre, manchas na pele, aumento dos gânglios linfáticos, dores nas articulações e juntas.

Complicações

Quando acomete mulheres grávidas pode causar malformações no feto. Homens também precisam se vacinar pois podem transmitir a doença.

Transmissão

Por meio de gotículas de secreção nasal de pessoas contaminadas ou por via sangüínea, no caso do feto. O período de transmissão gira em torno de 14 dias.

Tratamento

Controle da febre e dores.

Prevenção

Tomando a vacina, que só é contra-indicada em casos de gravidez ou de imunidade abalada.

Onde se vacinar

Em qualquer unidade de saúde.

Faltando apenas três semanas para o encerramento da campanha de vacinação contra a rubéola, o Paraná ocupa o segundo lugar no ranking dos estados que estão mais longe de atingir a meta de cobertura, perdendo apenas para o Amazonas. Desde o início da mobilização, em agosto, o estado vacinou 3.058.067 pessoas, o que representa 87,85% da população. Para alcançar a meta estipulada pela Organização Mundial da Saúde, que é de 95% até o dia 15 de dezembro, faltam ainda 280 mil pessoas. Em todo o estado, apenas 49% dos municípios cumpriram a meta.

Na região metropolitana de Curitiba, somente 11 dos 29 municípios chegaram aos 95%. Municípios como Almirante Tamandaré, Colombo e Piraquara vacinaram apenas 50% do esperado. Na região de Foz do Iguaçu, somente um dos nove municípios cumpriu a meta. A região de Umuarama é a que registra maior adesão. Dos 21 municípios, 20 já atingiram a cobertura.

Segundo a responsável pela vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Colombo, Margriet Verburg, o município está fazendo um levantamento diretamente nas residências para identificar quem ainda não foi vacinado. Para aumentar a cobertura, a secretaria firmou uma parceria com a prefeitura de Curitiba para oferecer a vacinação no Terminal Guadalupe, no centro da capital, por onde muitos moradores de Colombo transitam diariamente.

Em Almirante Tamandaré, a Secretaria Municipal de Saúde também está questionando diretamente nas residências quem já tomou a vacina. "Nossos dados mostram que 85% da população já está imunizada", afirma o coordenador da vigilância epidemiológica do município, Eliano Novais. Segundo ele, a diferença nos dados se justifica pelo fato de muitas pessoas terem tomado a vacina em outro município. "Somos uma cidade 'dormitório', muita gente tomou a vacina em Curitiba, por exemplo. Outro agravante é que a Secretaria tomou por base a população estimada pelo IBGE como sendo de 117 mil habiantes, mas o censo de 2007 mostrou que esse número caiu para 93 mil", explica. Apesar da diferença, ele reconhece que mesmo com os cálculos refeitos o município ainda não teria alcançado a meta. "Fizemos tudo que foi possível, montamos postos em locais de grande circulação, empresas, universidades, supermercados. No dia de finados estivemos no cemitério, mas tem uma parcela da população que se mantém resistente", lamenta.

De acordo com um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde, a maioria dos que ainda não tomaram a vacina são pessoas pertencentes às classes A e B e com boa escolaridade. "São pessoas que por algum motivo não se sensibilizaram, não se consideram parte do problema. Esperamos a colaboração daqueles que já se vacinaram em convencer quem ainda precisa ser imunizado para que procure um posto de vacinação", comenta o secretário Gilberto Martin. A maior dificuldade está em sensibilizar a população masculina. Dos 63 casos registrados em 2007, no Paraná, sete ocorreram em pessoas com nível superior. Dos 8.684 casos confirmados no país em 2007, 70% corresponderam a pacientes masculinos.

Para o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, não há justificativa para o Paraná não alcançar a meta estabelecida. "Foi montada toda uma estrutura para isso, as dificuldades não são as mesmas de um estado como o Amazonas, onde há diversas localidades de difícil acesso", comenta. Segundo ele, a partir de janeiro a OMS deve começar a inspeção em todo o país para verificar a erradicação da doença. "Deveremos receber o certificado de erradicação em dezembro, assim como já temos o da varíola, sarampo e poliomielite", observa.

Assim com outros países da América Latina, o Brasil tem o compromisso de eliminar a rubéola até 2010. Em todo o país, desde o início da campanha já foram vacinadas quase 64 milhões de pessoas, cerca de 91,17% do público-alvo.

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