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PR já teve 100 casos de crianças sumidas em 2016; projeto na RMC tenta diminuir o número

Projeto “Criança em Alerta”, do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) ensina medidas de proteção aos estudantes

 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

Cem crianças desapareceram no Paraná em 2016. Todas elas foram encontradas - duas delas sem vida -, mas os números são alarmantes. Com o objetivo de reduzir esses casos de desaparecimento e rapto de crianças entre 5 e 11 anos na Grande Curitiba, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), da Polícia Civil, está visitando escolas da capital e da Região Metropolitana . O Projeto “Criança em Alerta” realiza, desde abril, um trabalho de conscientização sobre os riscos de contato com estranhos.

Sicride faz vídeo com dicas para evitar desaparecimento de crianças; veja

O programa já passou por diversos bairros de Curitiba, entre eles Sítio Cercado, Santa Felicidade e São Brás. Nas palestras, a equipe de policiais e um psicólogo apresenta vídeos que apontam cenários de risco aos alunos.

Neste ano, cem crianças foram levadas de suas famílias no estado. Segundo o Sicride, todas foram localizadas. Nesta semana, duas sumiram e já foram localizadas, uma em Ponta Grossa e uma em União da Vitória.

Para evitar o rapto, é preciso que tanto a escola como a família eduquem e estejam de olho nas crianças. A delegada do Sicride, Iara Dechiche, alerta que os pais devem evitar deixar os filhos sem supervisão. “Quando precisar sair sem a criança, peça para que o vizinho esteja presente. Se a família vive nas regiões mais tranquilas, onde é possível brincar na rua, deixe sempre alguém responsável cuidando”, explica a delegada.

Outra situação que pode apresentar risco é o uso não supervisionado de tablets, celulares e computadores. Segundo Iara, esses aparelhos criam uma sensação de falsa segurança nos pais, pois é possível que, mesmo em casa, a criança esteja se comunicando com um suspeito.

A delegada faz um apelo aos pais e responsáveis para que conversem com os filhos sobre os estranhos. “Orientem para que as crianças não aceitem nada de estranhos, evitem o contato com quem esteja fora do círculo social. E para que, em nenhuma hipótese, entrem em carros desconhecidos porque alguém ofereceu um presente”, alerta.

Quem vive em regiões ribeirinhas ou perto de rios deve ter cuidado. “O perigo é ainda maior nessas áreas, pois a água atrai os pequenos e eles acabam se afogando”, afirma a delegada. Ela relata que em muitas investigações as crianças são encontradas sem vida nos rios.

Iara destaca ainda que é preciso ter atenção às crianças “mais velhas” e aos adolescentes que saem com os amigos sem um adulto e podem cair em alguma armadilha.

Quem presenciar uma situação suspeita, com uma criança acuada e aparentemente assustada é orientado para que se comunique imediatamente à Polícia Militar ou à Guarda Municipal. O telefone da Polícia Militar é o 190 e o da Guarda Municipal é o 153.

Outra dica para os pais é fazer a carteira de identidade da criança logo ainda quando pequena para facilitar a busca nesses casos extremos. A primeira via do RG é gratuita.

Não existe prazo para comunicar o desaparecimento

Se a criança desaparecer ou fugir de casa, é preciso acionar a polícia – não existe prazo para comunicar o desaparecimento.

É possível que a criança retorne ao local onde foi visto pela última vez, então peça para que alguém fique lá. Fique com o celular/telefone por perto para caso alguém que encontre a criança tente entrar em contato. Não se esqueça de avisar todos os amigos e parentes próximos do ocorrido e de ir aos locais onde o pequeno gosta de visitar com uma foto, caso tenha alguém para perguntar sobre a criança.

Veja vídeo feito com dicas para evitar desaparecimentos:

Vídeo dá dicas para evitar o desaparecimento de crianças

A animação foi feita pelo Sicride e tem como objetivo educar crianças e pais sobre os riscos presentes no dia-a-dia.

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