O Paraná se prepara para a segunda fase da campanha de vacinação contra a paralisia infantil de 2007, que será realizada no próximo sábado em todo o território nacional, com a expectativa de que, desta vez, a meta seja atingida. Nas três campanhas anteriores o porcentual mínimo de imunização de 95% das crianças (em pelo menos 80% dos municípios do estado) não foi alcançado.
Na primeira fase da campanha deste ano, realizada em junho, a cobertura foi de 91,8%. No ano passado, na primeira fase foram vacinadas 92,8% das crianças com até 5 anos e na segunda, 91,9%.
Para a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Inês Vian, o quadro pode ser resultado do baixo incentivo dos profissionais de saúde em relação à vacinação ou ainda à defasagem da estimativa populacional. "Das crianças com até 1 ano temos uma estimativa bastante precisa, mas de 1 a 5 anos existe uma série de fatores, como a mobilidade populacional, que acabam influenciando esses números", afirma.
Nesta segunda fase serão ofertadas cerca de 1,5 milhão de doses da vacina, que serão distribuídas em 8 mil postos espalhados pelo Paraná. Em localidades mais afastadas, agentes das secretarias municipais de saúde já começaram o trabalho de vacinação diretamente nas casas. Ao todo, serão quase 18 mil pessoas trabalhando na campanha.
Em Curitiba espera-se vacinar pelo menos 116.444 crianças, ou seja, 95% dos 122.573 meninos e meninas. A capital tem conseguido superar a meta: na primeira fase foram vacinadas 128.725 crianças, 5% a mais do total estimado, porque crianças da região metropolitana também receberam vacina na capital.
Repetição
Existem três tipos de vírus da poliomielite. Por isso, é importante tomar a vacina todos os anos. "A cada vez que você toma a vacina o seu organismo fica imunizado de um tipo e é necessária a repetição, por segurança. Até porque não temos como saber contra qual vírus a criança está imune", explica Raquel Farion, enfermeira da Central de Vacinas da Secretaria Municipal de Saúde.
A doença está erradicada no Paraná desde 1986. No Brasil, o último caso foi registrado em 1989. "Em alguns países como Índia e Nigéria a paralisia ainda é freqüente. Na Nigéria foram identificados 1.124 casos somente em 2006. Por isso é importante a vacinação", alerta Inês.
Serviço: Os postos de vacinação estarão abertos neste sábado, das 8 às 18 horas.



