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Liberdade de expressão

Prêmio Francisco Cunha Pereira Filho é lançado hoje

Promovida pelo Instituto dos Advogados do Paraná (IAP), premiação homenageia diretor-presidente da Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e do jornal Gazeta do Povo, falecido em março deste ano

Francisco Cunha Pereira Filho, quando se formou em primeiro lugar no curso de Direito, em 1949, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) – onde também lecionou | Reprodução
Francisco Cunha Pereira Filho, quando se formou em primeiro lugar no curso de Direito, em 1949, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) – onde também lecionou (Foto: Reprodução)
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Será lançado hoje, às 17 horas, pelo Instituto dos Advogados do Paraná (IAP), o Prêmio Francisco Cunha Pereira Filho, cujo objetivo principal é estimular a produção cultural da comunidade jurídica brasileira. Nesta primeira edição, o prêmio será concedida ao melhor trabalho monográfico inédito sobre o tema "Liberdade de Expressão no Estado Democrático de Direito". O valor do prêmio é um dos maiores – se não o maior – já con­­­­­­­­­cedido para monografias jurídicas no país: R$ 50 mil. "Não tenho conhecimento de um prêmio de valor tão expressivo", afirma o diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Mar­­­celo Fonseca.

A premiação leva o nome do ex-diretor-presidente da Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e do jornal Gazeta do Povo – que também foi presidente do IAP, de 1969 a 1970 –, falecido no dia 18 de março deste ano. "Infelizmente, o Dr. Francisco faleceu no dia em que eu assumi a presidência do IAP. Ime­­­dia­­ta­­mente, surgiu a intenção de ho­­menagearmos esse ilustre paranaense, de enorme projeção nas áreas da Comunicação e do Di­­­reito, o que fazemos com a criação desse prêmio", diz o presidente do IAP, José Lúcio Glomb. De acordo com ele, o prêmio ocorrerá periodicamente, em intervalos de dois anos, com um tema diferente a cada edição. "Pretendemos tornar essa premiação uma referência para a comunidade jurídica brasileira", fala Glomb.

O concurso de monografias, cujo vencedor receberá o Prêmio Francisco Cunha Pereira Filho, dirige-se a trabalhos inéditos de ba­­charéis em Direito de todo o país. As inscrições estarão abertas de 1.º de dezembro de 2009 a 5 de abril de 2010, a divulgação do resultado deve ser feita até o dia 31 de julho de 2010 e a premiação está prevista para 24 de setembro do ano que vem. O lançamento do prêmio hoje, com dois meses de antecedência à abertura das inscrições, visa dar tempo aos candidatos para que preparem seus trabalhos. O re­­­gulamento deve ser publicado hoje no site do IAP (www.iappr.com.br).

Importância

Entre os nove juristas que compõem a comissão julgadora do prê­­mio está o ministro Marco Au­­­­­­­rélio Mello, do Supremo Tri­­­bu­­­­­­­­­nal Federal (STF). Em entrevista à Ga­­­zeta do Povo, ele ressaltou a im­­­portância da iniciativa. "É uma honra muito grande participar desse prêmio. A importância maior da premiação está no reconhecimento de valores hu­­manos, voltados a prestar serviço à sociedade", afirmou. Para o diretor da Fa­­culdade de Direito da UFPR, a premiação abre espaço a novos pesquisadores. "Fal­­tam iniciativas assim no Brasil. Em regra, a pesquisa no país é fomentada por agências oficiais, com critérios muito li­­mita­­do­­res", explica Fonseca.

Segundo o presidente da se­­­ção paranaense da Ordem dos Ad­­­vogados do Brasil (OAB), Al­­berto de Paula Machado, merece destaque o tema da premiação: a liberdade de expressão. "Esse é um te­­­ma sempre atual. É preciso reforçar a consciência da importância que a li­­berdade de expressão, de imprensa, tem pa­­ra a so­­ciedade", afirma, fazendo referência ao recente caso de censura ao jornal O Estado de São Paulo, impedido judicialmente de pu­­blicar diálogo entre um filho e uma neta do senador José Sarney (PMDB-AP). A opinião é compartilhada pelo ministro Mar­­­­co Aurélio Mello, do STF: "Afi­­­nal, são fundamentais, ao Estado de Direito, a liberdade de expressão, a preservação do direito-dever de informar e a preservação do direito público subjetivo do cidadão de ser informado".

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