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Pessoas esperam em média 20 minutos nas filas para registrar apostas | Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
Pessoas esperam em média 20 minutos nas filas para registrar apostas| Foto: Felippe Aníbal/ Gazeta do Povo
  • A vendedora de bilhetes conhecida como
  • No Litoral do Paraná, as lotéricas também tiveram bastante movimento por causa da Mega Sena da Virada

O sonho de começar 2012 com um prêmio milionário fez com que centenas de curitibanos aproveitassem esta sexta-feira (30) para fazer uma "fezinha" na Mega Sena da Virada, que pode pagar R$ 170 milhões ao apostador que acertar as seis dezenas. No Centro da capital, o movimento chegou a triplicar em algumas lotéricas em relação a outros períodos. Em Matinhos, no Litoral, apostadores também tiveram que enfrentar fila para registrar os jogos. As apostas podem ser feitas até as 14 horas de sábado (31).

A Gazeta do Povo visitou seis casas lotéricas na tarde desta sexta-feira. Em todas, a tônica foi semelhante: filas e apostadores gastando, em média, 20 minutos para conseguir fazer as apostas. Em uma delas, das 14 pessoas que aguardavam atendimento, 12 estavam com cartelas para jogar na Mega Sena da Virada. "Tem sido assim a semana toda. Mais de 90% dos atendimentos que estamos fazendo se referem a recebimentos de apostas. O fluxo de apostadores é três vezes maior", aponta Paulo Solarwicz, dono de uma lotérica na Rua Lourenço Pinto.

De acordo com Solarwicz, o "tamanho" das apostas varia. "Tem a pessoa que gosta de fazer uma cartelinha com seus próprios números, mas tem muita gente que vem com fardos de volantes para jogar", conta. O próprio lotérico vai fazer uma "fezona" e jogar o equivalente a R$ 3,5 mil. "Se eu não acreditar [no jogo], quem vai acreditar?", diz.

Dentre os apostadores, vários perfis. Em uma lotérica ao lado da Praça Tiradentes, o aposentado José Hauer, de 86 anos, aguardava na fila com um único jogo nas mãos. Ele conta que saiu de casa especificamente para fazer a aposta e que escolheu os números aleatoriamente. "Só vou decidir o que fazer com o dinheiro depois que ganhar. Se fizer planos antes, não ganha", segreda o candidato a sortudo.

As filas fizeram o professor Francis Ribeiro da Silva perambular até encontrar uma lotérica com menos movimento. "Esta foi a terceira em que entrei. Nas outras, tinha gente até para o lado de fora", conta ele, que faria uma aposta para si e outra para o pai. A atendente Francielle Cristina não teve a mesma paciência e desistiu temporariamente de registrar seu jogo. "Eu já esperei dez minutos e a fila não anda. Eu vou tentar jogar mais tarde", disse.

Litoral

Em Matinhos, no Litoral, a tarde de sexta-feira também foi de movimento intenso na lotérica que fica no centro da cidade. Além do prêmio milionário, os apostadores de lá são atraídos pela fama de "pé quente" que a lotérica ganhou, depois que um apostador que fez o jogo naquele estabelecimento acertou a Quina, uma semana antes do Natal.

Para quem não quer enfrentar filas

Quem está disposto a pagar um pouco mais, pode comprar apostas prontas em "cambistas" que se espalham por pontos estratégicos. Scheila de Paula, popularmente conhecida como "Borboleta 13", trocou os bilhetes da loteria federal por cartões da Mega da Virada. Nas mãos dela, cada aposta custa R$ 5, enquanto nas lotéricas o apostador paga R$ 2. Desde o início da semana, a simpática senhora já vendeu mais de 400 bilhetes. "Eles [os apostadores] compram sorrindo. Acho que é porque o prêmio está alto", avalia.

Apesar do lucro, Scheila diz que vai encerrar as vendas no início da noite desta sexta-feira, mas não antes de ela mesma fazer sua "fezinha". "O último [bilhete] que ficar é meu", avisa.

No Litoral, os cambistas também têm sido opção para quem quer fugir das filas. Em Matinhos, por exemplo, eles têm se posicionado próximo às duas casas lotéricas da cidade, apregoando as apostas.

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