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Segurança

Preso é seqüestrado de dentro da cadeia

Polícia prendeu dez envolvidos na fuga da delegacia de Campina Grande do Sul | João Varella / Gazeta do Povo
Polícia prendeu dez envolvidos na fuga da delegacia de Campina Grande do Sul (Foto: João Varella / Gazeta do Povo)

Um homem que cumpria pena no cárcere da delegacia de Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba, foi feito refém por cinco dias. Na quarta-feira passada (29), a polícia prendeu os quatro foragidos - contando o que foi feito refém - e seis acusados de fazer o arrebatamento, além de apreender uma adolescente de 16 anos. Livre do seqüestro, Hamilton Bonfim Clementino voltou para o xadrez.

A fuga dos quatro presos foi no sábado passado (25), por volta das 22h. A garota de 16 anos seria a responsável por levar um revólver para os presos. Cinco presos fugiram. Um foi recapturado algumas horas depois. Entre os evadidos estava o mecânico Hamilton, que é suspeito de assassinar o dono do Posto Cupim.

"A fuga do Hamilton chamou a atenção. O processo dele estava correndo direitinho", conta a delegada do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) Vanessa Alice, que comandou a operação de recaptura dos presos. Com o desenrolar das investigações, a polícia descobriu que os responsáveis pela fuga mantinham Hamilton em cárcere privado e exigiam da família a entrega de um automóvel pela libertação dele.

A família daria um Palio 2006 do próprio Hamilton para os criminosos em troca do mecânico no estacionamento do Carrefour de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, na tarde de quarta. Mas a polícia descobriu as trativas e efetuou as prisões.

Apreensões

Com o grupo, a polícia recuperou um colete à prova de balas, uma espingarda calibre 12, uma pistola e duas algemas - tudo da delegacia. Também foram encontradas jóias, provável produto de um roubo na cidade de Morretes, litoral do estado. A quadrilha, segundo a polícia, seria responsável por diversos crimes naquela cidade.

"Temos convicção que uma série de crimes virão à tona com a divulgação dos nomes e fotos dos acusados", disse a delegada.

Do fogo para a frigideira

Hamilton teme sofrer represálias dos outros presos. "Conheço o clima lá. Vão pensar que eu delatei todo mundo. Não sei o que vão fazer comigo", desabafa Hamilton. Ele diz não reconhecer quem o manteve sob cárcere privado. "Passavam a comida por debaixo da porta", relata.

Todos os acusados negam envolvimento no arrebatamento e no seqüestro de Hamilton. Os fugitivos da delegacia dizem que apenas aproveitaram a situação de fuga para evadirem-se.

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