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Fotos do registro de prisão do goleiro Bruno Fernandes (dir.) e do ex-policial Marcos Santos, conhecido como Bola | Divulgação / Polícia Civil
Fotos do registro de prisão do goleiro Bruno Fernandes (dir.) e do ex-policial Marcos Santos, conhecido como Bola| Foto: Divulgação / Polícia Civil

Foram presos no fim da tarde desta sexta-feira (9), em Igarapá, região metropolitana de Belo Horizonte, Flávio Caetano de Araújo, Wermerson Márcio de Souza (conhecido como coxinha) e Elenilson Vitor da Silva. Eles são os três últimos envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.

Os três suspeitos estavam com a prisão temporária pedida pelo Tribunal de Justiça de Contagem. Flávio é o dono do carro Uno prata no qual teria conduzido Bruno desde o sítio do jogador em Esmeraldas até a casa onde Eliza teria sido morta, em Vespasiana; Elenilson é o administrador do sítio; e Wemerson é amigo de Bruno. Os presos estão sendo aguardados no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa de Belo Horizonte.

Mais cedo, o advogado que assumiu a defesa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, Rodrigo Braga, negou que o acusado conheça Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Segundo a polícia, Marcos Aparecido, conhecido como Bola, dono da casa em Vespasiana, executou Eliza na frente de Bruno e de Macarrão.

A perícia técnica de Minas Gerais tem esperança de esclarecer o caso do desaparecimento de Eliza Samúdio com um exame de DNA de saliva encontrada na sala da casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos. Provando que o material seria da ex-amante do goleiro Bruno, não restaria dúvidas quanto ao seu assassinato ter ocorrido na casa de Vespasiano.

Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial civil, conhecido como Bola, não permitiram a coleta de material para a realização de exames de DNA. Eles são acusados de envolvimento na morte de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno. Os responsáveis pelas investigações do caso em Belo Horizonte perguntaram se eles permitiriam espontaneamente a coleta do material, mas os três se recusaram por orientação da defesa. Por lei, eles não são obrigados a fazer o exame, pois não precisam produzir provas contra si mesmos.

Além do exame de DNA, os acusados - também por orientação do advogado Ércio Quaresma - negaram a realização de uma entrevista espontânea, permanecendo calados. A informação é do chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) da Polícia Civil mineira, delegado Edson Moreira. O advogado do jogador disse que Bruno não irá depor enquanto ele - o advogado - não tiver em mãos a cópia do depoimento do menor de 17 anos que confirmou o sequestro de Eliza Samudio.

A realização do exame de DNA é importante porque, de acordo com ele, a principal motivação para o assassinato de Eliza - cujo corpo continua desaparecido - seria o reconhecimento da paternidade do bebê que ela afirmava ser de Bruno. A polícia também quer comparar o material com o sangue de homem encontrado na Range Rover do goleiro na qual foram encontradas manchas de sangue da jovem. O veículo foi usado para transportar Eliza do Rio até o sítio de Bruno em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foi no carro, apreendido em 8 de junho em uma blitz, que ela foi agredida com coronhadas.

Agora, a polícia também faz a perícia em um Citroen apreendido na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, acusado de ser o executor da jovem. A polícia encontrou manchas no porta-malas do veículo e acredita que possam ser do sangue de Eliza. Também nesta sexta serão realizados exames em um laptop de Eliza Samudio. O resultado dos testes deverá sair na próxima semana.

Buscas pelo corpo de Eliza são retomadas

Por volta das 16h30m, Bruno deixou o Departamento de Investigação de Homicídios, em Belo Horizonte. Ele, Macarrão e Bola voltarão à Penitenciária Nelson Hungria, onde eles passaram a madrugada. Eles seguem em carros separados para que não haja comunicação. Assim como aconteceu na chegada dos acusados, populares protestaram com gritos de "assassinos" ao ver Bruno, Macarrão e Bola. O goleiro aparentava estar mais abatido do que pela manhã, quando entrou no Departamento.

Os três acusados chegaram ao Departamento de Investigação (DI) ainda pela manhã, algemados e usando macacões vermelhos, que são uniformes da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde passaram a noite, em celas separadas. Um comboio de carros da Polícia Civil acompanhou os envolvidos na morte de Eliza até o DI. Bruno entrou de cabeça erguida e não falou com a imprensa. Populares xingaram eles de assassinos e covardes.

As buscas pelo corpo da ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio, foram retomadas na manhã desta sexta. Os policiais estão em um sítio que pertenceria ao ex-policial. Segundo o delegado do DI Frederico Abelha, no sítio, que fica em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, há três cisternas e uma fossa. No local, foram encontradas ossadas de cachorros. O mato alto dificulta o trabalho dos bombeiros e policiais. As buscas devem se estender ao longo do dia.

Bruno e Macarrão chegaram pouco antes da meia-noite ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Minas Gerais, no bairro da Lagoinha, em Belo Horizonte. O avião da Polícia Civil de Minas Gerais decolou às 21h47m de quinta-feira do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, e chegou ao seu destino, em Belo Horizonte, às 23h05m. A transferência foi determinada pela 38ª Vara Criminal do Rio, porque o estado de Minas concentra as investigações do caso.

Por volta de 1h40m, Bruno, Macarrão e Bola foram levados para fazer exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. De lá, o Bruno e Macarrão seguiram para Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Bola também foi preso na noite de quinta-feira.

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